Afrânio Veras Machado, que é acusado de agressão por sua irmã Suely em 2021, relatou ao Meionorte.com sua versão. Ambos residem na zona Sul de Teresina. Ele afirmou que já cumpriu a sua pena, e apesar do juiz tê-lo liberado para voltar a trabalhar em sua oficina, que fica perto da casa da irmã, está com medo de que algo lhe aconteça.
Conforme a decisão emitida em agosto deste ano, as medidas protetivas foram mantidas, porém com flexibilização, permitindo Afrânio de trabalhar em sua oficina. O documento ainda ressalta que em caso ele se aproxime da irmã será considerado descumprimento das medidas, sendo cabível a sua prisão preventiva. Suely disse que teme por sua segurança.
‘’Decido pela manutenção das medidas protetivas já concedidas em decisão de Id 10045443, com as alterações/adequações a seguir:a) Mantenho ao requerido a proibição de contato com a vítima por qualquer meio de comunicação; b) Permito ao requerido o exercício laborativo em sua oficina, desde que: 1. proibido ao mesmo ter contato direto com a vítima na residência; 2. não poderá frequentar ou permanecer o bar ao lado de sua oficina; 3. sua oficina somente poderá funcionar durante o horário comercial; 4. caso se aproxime da Requerente, ou lhe profira novas agressões verbais ou ameaças, descumprirá a medida protetiva, sendo cabível o decreto de sua prisão preventiva”, destacou a decisão.
Afrânio explicou que já cumpriu a sua pena de 15 dias em regime fechado e seis meses com uso de tornozeleira eletrônica e que está arrependido e quer voltar a exercer serviço em seu estabelecimento, porém tem receio. “Eu tô com medo de voltar, porque olha o que ela tá fazendo. Quando ela viu isso (decisão do juíz), ela botou o meu nome na rede social, o que ela disse que eu sou, não sou isso, pode perguntar aos vizinhos”, disse Afrânio.
Conforme Suely, a agressão ocorreu no dia 31 de outubro de 2021, onde o irmão pegou um bloco de concreto e jogou na cabeça dela, porém Maria Gardênia, esposa de Afrânio, contou a outra versão do ocorrido e afirmou que “Ele não é a pessoa que ela tá dizendo que é, violenta e agressiva, como ela botou”.
“Em um dia eles passaram a noite discutindo. Ela xingou ele, ele xingou ela e após isso ela deu parte dele e botou essa protetiva contra ele. Ele continuou trabalhando. Então, ela ficava o tempo todo dizendo que era pra ele sair de lá, que ele tava na protetiva e ia chamar a polícia. Ela ficava filmando, toda vez que eu chegava lá. Nesse dia tinha bebido umas e se sentiu mal, foi pra cima tomar o celular dela. Ela se agarrou com ele, ela escorregou, bateu na cabeça na pedra. Aí ela disse que foi ele que agrediu ela”, disse Maria Gardênia.
De acordo com Afrânio, na manhã desta segunda-feira (16), ele registrou um boletim de ocorrência por difamação e calúnia, por conta das imagens divulgadas pela irmã com seu rosto, acusando-o. A esposa dele pontuou que as fotos divulgadas são antigas e que na época do ocorrido, vizinhos e pessoas próximas ajudaram Afrânio com arrecadações de dinheiro para pagar um advogado.
“Ela xinga todo mundo e se alguém responder ela vai lá na delegacia da mulher, ela sabe que ela tem o direito dela, aí ela dá parte e bota a protetiva. Ninguém vê a mãe dele. Ele tá com dois anos e não vê a mãe dele, porque ela não deixa. Ela tá difamando ele pra todo lugar com fotos antigas. Sendo que ele fez uma besteira, ele já se arrependeu e depois disso ele não foi mais lá, não vai mais ver ela”, concluiu a esposa.