Acusados de matar PM durante briga em Teresina viram réus na Justiça

A vítima foi assassinada a tiros durante uma briga em um posto de combustíveis na zona Leste de Teresina, no dia 4 de fevereiro de 2024

Policial militar Agamenon Dias | Reprodução
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Os quatro criminosos identificados como Tiago Rocha Santiago, Wicloas Neves Portela, Pedro Vitor Cardoso da Silva e Diego Bruno da Costa Sousa foram colocados no banco dos réus, pela juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina, pelos crimes de homicídio qualificado e roubo majorado contra o policial militar Agamenon Dias Freitas Júnior. A vítima foi assassinada a tiros durante uma briga em um posto de combustíveis na zona Leste de Teresina, no dia 4 de fevereiro de 2024.

PRÓXIMOS PASSOS. A magistrada citou os réus para se manifestarem no prazo de até 10 dias, quando poderão apresentar suas defesas, solicitar provas, listar testemunhas e preparar-se para a audiência de instrução, que antecede o julgamento, em datas que ainda serão marcadas. Atualmente, estão presos preventivamente Tiago Santiago (o atirador que matou a vítima), Wicloas Neves, Pedro Vitor e Diego Bruno. O Ministério Público do Piauí (MP-PI) denunciou os criminosos no último dia 23 de feveireiro.

DENÚNCIA DO MP-PI: segundo a denúncia feita por meio do promotor Regis de Moraes Marinho, os criminosos cometeram o homicídio do policial com incidência das qualificadoras de motivo fútil, emprego de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, em concurso com o crime de corrupção de menores, pois dois adolescentes participaram da briga que culminou no assassinato do PM. O promotor ainda ofertou a denúncia por crime de lesão corporal de natureza leve, devido aos envolvidos terem agredido Ismael Rodrigues de Araújo, que estava com a vítima, porém, a juíza Maria Zilnar rejeitou a denúncia por lesão corporal.

INDENIZAÇÃO: o promotor Regis Marinho solicitou que, caso os réus sejam condenados, paguem valor mínimo de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para os familiares da vítima Agamenon Dias Freitas Júnior e mais R$ 20.0000,00 (vinte mil reais) em favor da vítima sobrevivente. “A título dos danos causados pela infração, já que é impossível mensurar o valor de uma vida ou da integridade física, nos termos do art.387,inciso IV, do Código de Processo Penal”, ponderou o membro do Ministério Público do Piauí.

Quatro acusados de matar o policial militar e a cena do crime                        Foto: Reprodução

🧠 RELEMBRE O CASO

Era madrugada do dia 4 de fevereiro, quando o policial militar Agamenon Dias Freitas Júnior e seu amigo, Ismael Rodrigues de Araújo, estavam na fila da loja de conveniência do posto de combustíveis localizado na Avenida dos Expedicionários, próximo ao Atlantic City, zona sudeste de Teresina, onde um dos adolescentes tentou furar a fila e foi repreendido pelo policial, o que deu início à discussão que se estendeu para fora do estabelecimento.

No pátio do estacionamento, o policial e o amigo foram agredidos pelos quatro adultos e pelos dois adolescentes. Agamenon Dias foi imobilizado dentro de seu carro por Diego Bruno e executado com disparos efetuados por Tiago Rocha, usando a própria arma do militar. Por sua vez, o amigo da vítima conseguiu fugir e se salvar. Vídeos repercutiram nas redes sociais mostrando o momento da confusão generalizada que terminou com o assassinato do PM.

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