Aluno da UFPI descobre sítio arqueológico dentro do campus, em Teresina

Em 2016, um aluno da UFPI encontrou cerâmicas Tupinambá durante um experimento de plantio

Professor de Arqueologia, Ângelo Correa, em Sítio Arqueólogico na UFPI | Foto: Divulgação/UFPI
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A Universidade Federal do Piauí (UFPI) se destaca em pesquisas arqueológicas sobre antigas populações ceramistas de língua tupi, ancestrais dos Tupinambá. Um marco dessas pesquisas foi a descoberta de um sítio arqueológico no campus da UFPI, no Centro de Ciências Agrárias (CCA), em Teresina.

ATIVO CAMPO DE PESQUISA

Em 2016, um aluno da UFPI encontrou cerâmicas Tupinambá durante um experimento de plantio, levando à descoberta do Sítio Arqueológico Ininga. Desde então, o local se tornou um ativo campo de pesquisa, envolvendo alunos nas investigações. Mais de mil artefatos foram recuperados e estão em curadoria para análise.  

MAIORIA DOS ARTEFATOS

O Sítio Arqueológico Ininga não só impulsiona pesquisas, mas também enriquece o ensino para alunos de graduação e pós-graduação. O local revelou cerâmicas, artefatos líticos e materiais históricos, encontrados a até 70 cm de profundidade. A maioria dos artefatos é de origem Tupi, tornando-o um dos primeiros sítios desses povos na região.

Artefatos de cerâmica localizados em Sítio Arqueólogico nas dependências da UFPI - Foto: Divulgação/UFPI

O professor de Arqueologia da UFPI e um dos responsáveis pelas pesquisas, Ângelo Correa, explica a importância do sítio: "Nós temos vários campos de pesquisa aqui na Universidade Federal do Piauí, e um deles é o estudo de populações ceramistas. Essas populações, que eram agricultoras e produziam artefatos cerâmicos como panelas e potes, são antepassadas dos povos Tupinambá. A descoberta do Sítio Ininga dentro do campus universitário foi um marco, pois nos permitiu integrar o ensino teórico e prático de forma inédita."

Corpo acadêmico da UFPI em visita ao Sítio Arqueólogico - Foto: Divulgação/UFPI

REVELOU VÁRIOS ARTEFATOS

O Sítio Ininga revela artefatos notáveis, como ferramentas de pedra, machados e cerâmicas policromas únicas na região, com pinturas detalhadas em linhas pretas, pontos pretos e faixas vermelhas sobre fundo claro.  

Atualmente, as pesquisas no Sítio Ininga continuam com foco na prospecção intensiva para determinar a extensão do material e planejar futuras escavações. Análises físico-químicas das argilas e tintas estão em curso para entender os métodos de produção e os hábitos alimentares das populações antigas.

(Com informacões da UFPI)

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