Cidades piauienses registraram níveis de umidade semelhantes a desertos; veja quais

Além disso, quatro cidades do Piauí também ficaram no ranking das temperaturas mais elevadas do País.

Pôr do Sol em Teresina. | Jéssica Machado/ Portal MeioNews
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

O Instituto Nacional de Metereologia (Inmet) divulgou os menores valores da umidade do ar, registrados até às 16h desta segunda-feira (21) em todo o Brasil. No comunicado, quatro cidades piauienses aparecem no ranking, dentre elas três estão na liderança, sendo a primeira Castelo do Piauí, com 13%. 

O climatologista e diretor de Prevenção e Mitigação da Defesa Civil do Piauí, Werton Costa, ressaltou que níveis abaixo de 20% se assemelha a umidades de deserto, causando prejuízos à saúde.  “Isso depois de algumas pessoas terem dado alerta de chuva, alerta de que teríamos muita chuva, quando, na verdade, seria chuva pontual. Então essa umidade muito baixa, com temperaturas elevadas, ela não é saudável”, explicou. 

E AS CHUVAS?

À reportagem, ele explicou que as chuvas atuais são eventos de pré-temporada e isolados, ou seja, ocorrem de forma pontual e em áreas restritas. “Ela é um fenômeno extremamente aleatório, que vai desafiar os mecanismos de previsão, porque a distribuição de nuvens não é homogênea, não é ampla, não é universal. E como há calor, ela virá, às vezes, acompanhada de vento forte, rajada, de descarga elétrica”, disse. 

TEMPERATURAS ELEVADAS

Além disso, quatro cidades do Piauí também ficaram no ranking das temperaturas mais elevadas do País. Com 39, 4°, Campo Maior está na primeira posição. O climatologista esclareceu que as altas temperaturas devem permanecer por um período prolongado, mesmo com a ocorrência de chuvas.

“Então se entra um pouco mais de umidade para formar uma chuva, essa temperatura só tende a se tornar mais elevada, porque a chuva não é suficiente para refrescar o ar e o solo. Então nós teremos essa permanência”, destacou Werton Costa. 

A importância dos alertas

Diante desse cenário, o diretor da defesa civil frisou que os alertas emitidos pelos órgãos de defesa civil ganham ainda mais relevância. Segundo ele, os avisos não se limitam a prever o tempo, mas sim a orientar a população sobre os riscos associados a eventos climáticos extremos e como as pessoas podem se proteger. 

“Então quando o alerta diz que tem risco de onda de calor, é que você deve buscar todos os meios protetivos para não sofrer com a variação brusca de temperatura. Quando o alerta diz haver risco de chuva intensa, é que você deve seguir todas as orientações protetivas para não atravessar as vias alagadas, áreas de risco, evitar descarga elétrica, evitar rajada de vento e por aí vai. Então o alerta é uma informação de segurança, que precisa ser levada a sério”, destacou. 

Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES