Na manhã desta quarta-feira (5), o Centro de Convenções de Teresina cedeu espaço para o terceiro e último dia da Conferência Internacional de Tecnologias das Energias Renováveis (CITER). No teatro, a V Conferência Estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável reuniu especialistas, autoridades governamentais e interessados no assunto para discutirem sobre caminhos a serem implantados político e socialmente para atenuar as irreversível mudança climática.
O representante do governo Rafael Fonteles (PT) fez o levantamento de dados sobre a gestão ambiental e recursos hídricos do Piauí desde o início do novo governo. Ele explicou as políticas públicas e fiscalização adotadas até o momento para reduzir a emissão de gases do efeito estufa e o desmatamento ilegal para, assim, contornar as mudanças climáticas como também expôs relembrou o projeto para diminuir o problema da fome, a qual ainda castiga milhares de famílias brasileiras.
Participação estudantil
Ledinalva Bernardino, professora e mediadora das turmas do técnico em Tecnologia, apontou a importância de levar a comunidade estudantil para eventos científicos como o CITER. “Estamos dando início ao componente curricular sobre sustentabilidade. E, como professora, sempre que possível a gente está colaborando e cooperando com o ensino e com a aprendizagem desses meninos de uma forma mais ampla. Então, participar de uma conferência como esta nos dá norte, nos dá conhecimento, segurança, experiências e vivências. Levando isso, os meninos,certamente, se transformarão em bases em conhecimento mais amplos e irão fazer suas produções com maiores e melhores qualidades”, afirmou.
Daniel Guimarães, coordenador da Conferência Nacional do Meio Ambiente, apontou a sociedade do consumo como um dos principais fatores que turbinam as mudanças climáticas, além de marginalizar as classes menos abastadas dos projetos de proteção, tornando-as mais vulneráveis a sentirem os impactos maléficos do clima.
Além da sociedade consumista, os palestrantes também apontaram a agropecuária como outro vetor que acelera a degradação ambiental e climatológica, visto que tal setor econômico é o principal produtor do dióxido de carbono (CO2), um dos gases poluentes que nutre o efeito estufa.
Perfil do grupo mais vulnerável
A população preta, pobre e periférica, sobretudo mulheres, é o principal alvo dos diversos efeitos maléficos das mudanças climáticas, isso porque o grupo é colocado a margem das políticas públicas ambientais devido a seu baixo poder aquisitivo. Sendo assim, a comunidade é posta na linha de frente de deslizamento de barragens, enchentes, secas e doenças virais.