Comoção e homenagens marcam o velório do policial civil do Piauí morto no MA

Policiais de todas as forças de segurança se fazem presentes no velório, além de familiares e amigos que prestam homenagens e se despedem de Marcelo

Muita comoção no velório do policial civil Marcelo Soares | Imagem: Reprodução/TV Meio
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Acontece na manhã desta quarta-feira (4), na zona sudeste de Teresina, o velório do policial civil lotado no Draco, Marcelo Soares da Costa, que morreu ao ser baleado no tórax durante uma operação na cidade de Santa Luzia do Paruá, no Maranhão. O principal suspeito de atirar no agente foi identificado como Bruno Arcanjo. Ele foi preso após o crime.

Policiais de todas as forças de segurança se fazem presentes no velório, além de familiares e amigos que prestam homenagens e se despedem de Marcelo. clima é de muita comoção no cemitério. Em entrevista à TV Meio, o delegado Júlio, que trabalhou diretamente com Marcelo, falou sobre a morte do colega e do exemplo que ele foi para a corporação.

Familiares se despedem do policial civil Marcelo Soares durante velório - Imagem: Reprodução/TV Meio

"O Marcelo foi um exemplo para todos nós, como cidadão, como pessoa, como policial, era um irmão nosso e que nos trouxe muito orgulho e felicidades e foi um dos grandes nomes que foram responsáveis pelo bom trabalho desenvolvido pelo Draco. Muitas vezes, nossos investigadores são muitas vezes anônimos, mas são as pessoas que fazem toda a diferença, não só na polícia do Piauí, mas em todas as polícias do Brasil. É uma pessoa muito querida, que vai deixar lembranças para todos nós, para a polícia, para sua família, e sempre será lembrado", disse.

Delegado Júlio, durante velório do policial Marcelo Soares - Imagem: Reprodução/TV Meio

Também em entrevista à TV Meio, o coordenador do Draco, delegado Charles Pessoa, falou do momento de luto que a corporação está passando pela morte do agente Marcelo Soares e do seu último momento com o policial civil.

"O Draco está de luto em razão da partida do nosso irmão Marcelo, em cumprimento a um mandado de busca e apreensão na manhã de ontem, o Marcelo, que, no decorrer da sua trajetória como profissional, serviu a sociedade, fez o bem, combateu a criminalidade e infelizmente morreu no cumprimento do seu dever, morreu realmente combatendo o crime. Como pessoa ele era um ser humano extraordinário, temente a Deus, extremamente atencioso, cuidadoso com os colegas e as lembranças que ficam do Marcelo é realmente essa, um parceiro, irmão, preocupado com a equipe, com uma vontade imensa de servir à sociedade, de repassar conhecimentos. O Marcelo continuará presente em nossos corações e um dos últimos momentos do Marcelo, foi justamente organizar um aniversário surpresa pra mim, agora, no final de agosto, eles simularam uma ocorrência, um flagrante de tráfico de drogas, e informaram pra mim que estava acontecendo essa ocorrência, me desloquei pra lá, achando que era um flagrante, quando eu cheguei, que abri o portão do local, estavam todos eles com uma festa muito grande preparada para mim, e o Marcelo foi um dos responsáveis, foi o cara que fez o discurso e depois que ele concluiu o discurso ele conduziu toda a festa, esse foi o último momento que tive ao seu lado, um momento de festa e de felicidade", disse Charles.

Delegado Charles Pessoa durante velório do policial Marcelo Soares - Imagem: Reprodução/TV Meio

O delegado-geral Luccy Keiko, também se fez presente no velório e lamentou a perda do policial. Ele disse que o momento é de cuidar da saúde mental dos familiares e garantiu que irá acompanhar o desenrolar do homicídio para que o acusado pague pelo crime.

"Uma perda totalmente irreparável, nós tivemos conhecimento ontem e tomamos todos os cuidados, principalmente para transmitir a informação para a família do Marcelo, fui na casa dele e vi a esposa despedaçada com a filhinha de 4 anos, realmente é uma situação muito triste e hoje, o que temos que fazer é, cuidar da nossa saúde mental, todos ficaram abalados, cuidar principalmente da família do Marcelo e lhe garanto, que nós vamos acompanhar o desenrolar desse homicídio no Maranhão, desse crime covarde e também do processo criminal, para que esse indivíduo passe décadas atrás das grades", disse o delegado-geral.

SOBRE O CRIME

Marcelo Soares da Costa, de 42 anos, foi morto durante uma operação da Polícia Civil do Piauí em Santa Luzia do Paruá, Maranhão. Ele trabalhava no Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) do Piauí. O principal suspeito de atirar contra Marcelo, Bruno Arcanjo, era o alvo da operação, que investigava estelionatários.

Ao abordar a casa de Bruno, ele disparou vários tiros contra Marcelo, atingindo a vítima no tórax. O policial foi socorrido e levado ao hospital, mas não sobreviveu aos ferimentos. Marcelo deixa esposa e uma filha de quatro anos.

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