Um corpo que a Polícia Militar do Piauí acredita ser da adolescente Maria Rita de Cassia dos Santos e Silva, de 14 anos, foi encontrado por populares na manhã desta quinta-feira (8) em uma área de mata nas proximidades do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do Alto da Ressurreição, na zona Sudeste de Teresina.
O cadáver estava usando um vestido preto, a mesma roupa que uma vizinha relatou ter visto na jovem quando ela saiu de casa na data do seu desaparecimento, em 21 de julho.
O QUE DIZ A FAMÍLIA
O tenente-coronel Saraiva, do 8º Batalhão da Polícia Militar, disse que o irmão da vítima foi ao local e afirmou que se trata de Maria Rita, mas cabe à Polícia Civil confirmar a identidade da jovem.
"O irmão dela, que está no local, conversou com a gente e disse que é a Maria Rita. Ela tinha depressão, recebia assistência pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e também foi vista em um local onde a Polícia Civil verificará o que realmente aconteceu para esclarecer o desaparecimento dela", relatou.
Conceição de Maria Vidal, mãe de Maria Rita, declarou ao Meionews.com que está no Instituto de Medicina Legal (IML) aguardando a realização dos exames. "Estão dizendo que é o corpo delas e estamos aqui. É difícil acreditar", contou.
Além de um chinelo na cor rosa e um relógio, o 8º Batalhão da Polícia Militar encontrou no local uma camisa masculina com supostas manchas de sangue e um boné que, segundo a família, não pertencem a Maria Rita. O Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) está acompanhando o caso e vai apurar a causa da morte do corpo encontrado.
O DESAPARECIMENTO DE MARIA RITA
Maria Rita de Cassia dos Santos e Silva, de 14 anos desapareceu na noite do dia 21 de julho. Ela foi vista pela última vez por volta das 22 horas saindo da casa onde mora, situada na Vila Boa Esperança, bairro Dirceu I, zona Sudeste de TEresina. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
Em entrevista ao portal Meionews.com, Conceição de Maria Vidal, mãe de Maria Rita, relatou que, no domingo, 21 de julho, foi dormir e deixou Maria Rita acordada em seu quarto. Horas depois, o marido de Conceição notou que a porta da frente estava aberta e, ao verificar o quarto da filha, descobriu que ela havia desaparecido. O celular de Maria Rita estava no quarto, ainda conectado ao carregador.
“No dia seguinte, segunda-feira, ela não voltou. Ela não costuma passar tanto tempo sem dar sinais. Quando sai, costuma voltar por volta das 5 horas da manhã ou às 7 horas do dia seguinte”, disse a mãe.
BUSCAS PELA CIDADE E DIAGNÓSTICO DE DEPRESSÃO
Desde então, a família de Maria Rita tem buscado por diversos bairros da cidade e distribuído panfletos com a foto da jovem. Recentemente, uma vizinha informou que viu a menina saindo de casa a pé, no dia do desaparecimento, vestida com um vestido preto.
A jovem é atendida pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e pelo Centro de Referência de Assistência Social (Creas) com diagnóstico de ansiedade e depressão, o que preocupa ainda mais a família. "Ela tem crises [de ansiedade] e entra em desespero. Não sei a data da última crise, mas faz um bom tempo que ela passou por isso", comentou a mãe.
Conceição relata que a filha não tem amigos muito próximos nem namorado. Ela a descreve como uma menina calada, quieta e que gostava de ficar sozinha.