
As fortes chuvas que caem sobre todo o território piauiense são motivo constante de alertas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e chama atenção para a necessidade de monitoramento constante da Defesa Civil estadual.
Esse trabalho ajuda a contingenciar os riscos de desastres. Para tanto, os técnicos do órgão utilizam sistemas remotos e presenciais, como satélites, ferramentas de predição, plataformas e contato direto com gestores municipais para envio de informações em tempo real via redes sociais.
Conforme o diretor de Prevenção e Mitigação da Defesa Civil, Werton Costa, o monitoramento é contínuo e busca medir o risco provocado pelas chuvas intensas, como a probabilidade de alagamento, inundação, vendaval, descargas elétricas e deslizamentos.
Temos, por exemplo, cidades com dificuldades para escoamento dessas águas. Com esse risco, utilizamos duas estratégias: monitoramento remoto por meio de instrumentos, e monitoramento presencial quando é demandado pelo município para envio de equipe técnica para visita de verificação de risco.
Barragens
Entre as ferramentas está o repasse de informações que são geradas pela Agência Nacional das Águas, pelo Instituto de Desenvolvimento do Piauí (Idepi), Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) para o monitoramento das barragens.
Rios
Já o volume dos rios é medido por meio da plataforma Sistema de Alerta de Eventos Críticos (Sace), que é gerida pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB). Ela verifica, a partir de estações que medem chuva e vazão, qual o comportamento dos rios. A partir disso, são feitas as avaliações de risco de cheias, de inundação. O SGB fornece relatórios sistemáticos em que aponta se o rio está na cota de atenção, alerta ou inundação.
Chuvas
São usados satélites meteorológicos (Goes) do Inmet e Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTec). Além disso, são usados os radares Sivan, em São Luís (MA), para detectar a atuação das chuvas que vem pela faixa amazônica, o radar de Quixeramobim (CE), que pertence à Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), para monitorar os grandes temporais que vem pela faixa norte do Piauí, e o radar Rede Inmet/Petrolina (PE), para monitorar as chuvas que vem do sertão em direção à região de Picos.
Situação dos municípios
A quantidade de chuva que cai e os possíveis transtornos que possam ser causados, as cheias dos rios, a situação de imóveis em áreas de risco são monitorados diretamente com os municípios. A Defesa Civil usa grupos de WhatsApp para manter o recebimento de informações diretamente com as autoridades municipais.
Novas tecnologias
A Defesa Civil conta hoje com tecnologias, como o Waze, que é uma plataforma de tráfego. "Com essa ferramenta, a gente pode orientar motoristas sobre rodovias rompidas, alagadas, com material sobre a pista", explica Werton.
A outra ferramenta é o alerta por SMS, em que a pessoa se cadastra pelo número 40199, enviando uma mensagem de texto contendo o CEP onde mora, e, a partir daí, quando houver risco para essa região, é enviado o alerta e as pessoas recebem o comando específico para a situação.