Nesta quinta-feira, 14 de março, completaram-se 30 dias desde a fuga dos detentos Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Mais de 600 homens integram as equipes de buscas, além de helicópteros, drones e cães. A falha administrativa tem sido alvo de questionamentos e comparações com penitenciárias estaduais.
O coordenador do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRACO) do Piauí, delegado Charles Pessoa, em entrevista ao Podcast Ielcast, comentou sobre a importância das penitenciárias federais, “que é uma das principais ferramentas de combate às facções criminosas” no Brasil, pois estruturalmente, ela limita a comunicação entre os presos e familiares e advogados, assim como os próprios membros de facções.
“Esses criminosos estão isolados no sistema penitenciário Federal. Está tendo uma falta de comunicação, preso não tem direito a visita social, a visita dos advogados também é monitorado [...] por isso que a gente tem que valorizar esse sistema penitenciário, se não fosse a penitenciária federal, a gente não conseguiria combater essa criminalidade organizada hoje no Brasil”, afirmou o delegado Charles Pessoa.
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Ainda durante a entrevista, o coordenador do DRACO fez uma comparação entre as penitenciárias de São Raimundo Nonato, no Sul do Piauí, e a Penitenciária Federal de Mossoró (RN). Ele pontuou que ambas possuem um sistema de segurança similar, mas a do estado piauiense “nunca teve fuga, nunca teve rebelião, nunca teve morte, nunca teve entrada de ilícitos”.
“Nós temos unidades aqui no Piauí que foi inaugurado em 2011 com os mesmos procedimentos similares, e é melhor que a do sistema penitenciário Federal”, disse.
FUGA DE MOSSORÓ: Essa é a primeira vez que ocorre uma fuga em unidades federais de segurança máxima desde que o programa começou em 2006. O sistema penitenciário federal possui 5 unidades espalhadas pelo país, localizadas em Catanduvas (PR), Campo Grande, Mossoró (RN), Porto Velho e Brasília.