O deputado Felipe Mota (União) afirmou que o estado do Ceará levou uma rasteira na corrida pela produção de hidrogênio verde, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Ceará desta terça-feira (21/11).
Conforme explicou o parlamentar, a presidente da União Europeia, Ursula Von der Leyen, confirmou, na última segunda-feira (20/11), o aporte de dois bilhões de euros para financiar a produção de hidrogênio verde no Brasil, sendo parte desses recursos destinados a um projeto da Green Energy Park, no Piauí.
“Fomos golpeados pelo Governo Federal, que, em acordo com a União Europeia, colocou à disposição do Piauí dois bilhões de euros para o hidrogênio verde. E o Ceará, que se dizia na vanguarda desse processo, tomou uma rasteira”, lamentou.
Outro assunto abordado pelo deputado na tribuna foi a proposta de orçamento para 2024, que está em tramitação na Assembleia. Segundo ele, o estado investe alto em benefícios para indústrias instaladas em seu território, enquanto dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) apontam o decréscimo na Receita Corrente Líquida.
“Está no orçamento o investimento de R$ 3,327 bilhões para manter esses empregos, além de outros benefícios concedidos que chegam a R$ 5 bilhões. Damos demais para manter as empresas em nosso Estado, mas precisamos apreciar esses gastos com muita atenção”, alertou.
Felipe Mota aconselhou humildade por parte dos deputados na apreciação e elaboração de emendas à Proposta de Lei Orçamentária. O deputado Cláudio Pinho (PDT) se disse preocupado com a perda de investimentos em relação ao hidrogênio verde. “Passaram a perna no Ceará mesmo”, declarou.