
Nesta quarta-feira (29), é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans. Para promover o debate sobre as vivências e lutas da comunidade, a Secretaria Estadual das Mulheres (Sempi) realizou uma edição especial do Cine Trans – E a Gota D’Água?, com a exibição do documentário "Transformando: vozes que ecoam", e o webdocumentário Pop Trans.
"A Secretaria das Mulheres tem trabalhado nesse todo esse mês de janeiro, o Janeiro Branco, que trabalha os transtornos, formas de fazer esses enfrentamentos onde as mulheres são as mais atingida pelos transtornos mentais e também dando ênfase e trabalhando algumas ações da visibilidade trans", afirmou a secretária estadual das mulheres, Zenaide Batista Lustosa.
VISIBILIDADE
A iniciativa busca incentivar a reflexão sobre identidade, aceitação e os desafios enfrentados pela comunidade trans no acesso à saúde pública, reforçando a importância de políticas mais inclusivas. Além da importância da representação de pessoas trans na mídia.
É uma forma da gente não só de divulgar os documentários, mas de fazer um debate para que a gente possa protagonizar as diversas mulheres que merecem e podem estar protagonizando na sociedade", completou secretária.
Patrícia Mendes, coordenadora do Ministério da Cultura no Piauí, frisou a importância da ação como uma forma de valorizar a diversidade no país, além de incentivar a criação de políticas públicas sobre a questão.
"Tem tudo a ver com que o Ministério da Cultura vem falando, que é essa missão de democratizar, você conseguir chegar a todos os lugares e conseguir debater com os mais diversos segmentos da sociedade. A gente está falando de um momento muito importante, que é essa valorização dessa diversidade. O Brasil é um país muito diverso, mas a gente não consegue enxergar as demais diversidades que existem aqui. [O Cine Trans] é um grande pontapé para tudo que deve ser dito e deve ser falado sobre a questão da diversidade", destacou a coordenadora.
DOCUMENTÁRIOS E DEBATE
Após as exibições, que iniciaram às 15h, houve um debate mediado por Pettra Roque, psicologa psicodramatista, e pela formanda de Jornalismo da Universidade Federal do Piauí -UFPI, Leona da Mata, que também é apresentadora da Boa FM.
"É uma semana que a gente vai discutir pautas importantes, pautas relacionadas à saúde, educação, empregabilidade. Os processos que nos levam a buscar os motivos de saúde, que ainda é muito burocrático, mas que é necessário. A gente conta com essa participação popular para discutir não só uma temática de uma forma cristalizada, mas fluída, através de um cine, de um filme, de um documentário e, com a presença da mídia, também dando esse apoio", pontuou Pettra Roque.
Além de mediadora, Leona da Mata foi a produtora de um dos documentários exibidos: "Transformando: vozes que ecoam". Segundo ela, o objetivo é fazer com que o máximo de pessoas o assistam.
"Foi um trabalho de conclusão de curso de jornalismo e fala sobre o pioneirismo de três mulheres trans aqui no estado do Piauí, a Safira Bangele, artista, transformista, fala sobre a professora doutora Letícia, a primeira travestir a ser professor universitário lá na UFPI, e a Aurora, que é uma esportista, faz parte ainda do time masculino de vôlei, mas ainda assim tem muito orgulho porque o vôlei salvou a vida dela", finalizou a apresentadora.