A cidade de Dom Inocêncio ganhou, no domingo (28), o primeiro museu do Brasil dedicado exclusivamente à sanfona. O equipamento cultural, instalado na pequena cidade de pouco mais de 9 mil habitantes, situada a 636 km de Teresina, foi idealizado por Sandrinho do Acordeon, um baiano de coração piauiense.
Agora, além da sanfona gigante de 5 metros, muito procurada por turistas apaixonados pelo forró, a população de Dom Inocêncio conta com um espaço totalmente destinado ao instrumento que simboliza a música nordestina e a alegria do povo brasileiro. O museu já está aberto aos visitantes e foi construído através de uma iniciativa da Associação Cultural Acordes do Campestre, com o apoio financeiro da empresa Enel Green Power e apoio institucional da Prefeitura Municipal de Dom Inocêncio.
Oito galerias exibem dezenas de sanfonas doadas por colecionadores. Em uma das salas fica uma das principais peças do acervo, uma sanfona de 8 baixos que pertenceu a Januário José dos Santos, pai do imortal Luiz Gonzaga. Foi com esse instrumento que o lendário Gonzaga começou a tocar, anos antes de fazer história na música brasileira.
Os visitantes também podem ter acesso a fotografias, artefatos históricos e a uma sala de vídeo que conta com a exibição de um documentário detalhado sobre a relevância do instrumento na história local de Dom Inocêncio.
Segundo a Prefeitura da cidade, Dom Inocêncio tem 1 sanfoneiro para cada 35 inocentinos, o que atesta que esse monumento cultural é um presente para todos que mantém viva a paixão pelo instrumento.
“Ontem [domingo, dia 28] foi um dia histórico para Dom Inocêncio. Inauguramos o nosso Museu da Sanfona, que passa a ser para nosso município um importante instrumento de preservação da nossa história e cultura. Parabenizo o Sandrinho do Acordeon e seu pai, Salvador, pela persistência e por levar o nome de nossa terra para o mundo. A valorização de nossa cultura precisa continuar cada dia mais forte e com ainda mais investimentos”, disse a prefeita da cidade, Maria das Virgens Dias.
À frente do setor de sustentabilidade da Green Power, Débora Pinho comunicou que o museu pretende valorizar a expressão genuína dos sanfoneiros locais. "A inauguração de um espaço como esse, que valoriza a cultura local e uma expressão genuína da região como os sanfoneiros, é algo que nos enche de orgulho pelo valor que possui para o território e suas tradições“, falou.