Dono de escritório de contabilidade é preso pela 4ª vez em operação contra fraudes previdenciárias

A investigação identificou 107 benefícios atrelados ao esquema, dos quais em 37 há comprovado recebimento pós óbito ou indícios/fraude referentes a pessoa fictícia

Erinaldo Soares Silva possui um escritório de contabilidade na cidade | Denis Constantino
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A Polícia Federal no Piauí deflagrou nesta segunda-feira (16) a operação Nobody, que busca desarticular um esquema criminoso especializado em fraudes previdenciárias com saques de benefícios de titulares fictícios e pessoas já falecidas. Elinaldo Soares Silva, dono de um escritório de contabilidade em Teresina, está entre os presos na ação policial.

Até o momento, a investigação identificou 107 benefícios atrelados ao esquema, dos quais em 37 há comprovado recebimento pós óbito ou indícios/fraude referentes a pessoa fictícia. O prejuízo decorrente desses benefícios com fraude confirmada é superior a R$ 2,5 milhões aos cofres públicos.

PRISÕES

Já foram cumpridos cinco mandados judiciais, sendo três mandados de prisão temporária e dois de busca e apreensão em Teresina. As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da 3ª Vara Federal da capital piauiense.

Esta é a quarta vez que Elinaldo Soares Silva, dono de um escritório de contabilidade, é preso. Segundo apuração do jornalista Denis Constantino, Erinaldo já havia sido preso anteriormente pela Polícia Civil em crimes relacionados a falsificação de documentações. 

Na sua última prisão, ele e seu filho foram detidos por fraude. Durante a operação da PF de hoje, a polícia também apreendeu o CPU de um computador de Erinaldo. 

A INVESTIGAÇÃO

A investigação teve origem a partir de uma operação realizada pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) da Polícia Civil do Piauí, em 2019, contra um grupo criminoso que atuava na falsificação de documentos de identidade em Teresina.

Os documentos pessoais fraudados eram utilizados para solicitar Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social (BPC-LOAS) junto ao INSS. Segundo a PF, dos investigados saca mensalmente benefício de pessoa fictícia e inclusive já havia sido preso em flagrante anteriormente no momento em que tentava sacar outro tipo de auxílio. Os agentes da operação não deixaram claro se essa pessoa mencionada se trata de Elinaldo Soares.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de estelionato, associação criminosa, falsidade ideológica e uso de documento falso, além de outros que possam ser identificados ao logo do processo investigatório.

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