Maria Alcineida, esposa de Marcos Alves de Sousa, de 41 anos, morto durante o show do cantor Wesley Safadão, na praia de Atalaia, em Luís Correia no último sábado (28), afirmou que ele estava sob efeito de álcool e drogas. Além disso, Alcineida também confirmou que Marcos era "batizado" na facção criminosa Guardiões do Estado (GDE).
"Ele tirou a arma do cóis, atirou no chão e eu perguntei por que isso? aí ele falou: desculpa minha filha, disparou. Depois os caras começaram a falar 'porque tu fez isso, macho, tu é o que? Tu é da polícia?' Ele disse que tinha sido sem querer e pediu desculpas. Aí o pessoal falou: 'pois eu sou da polícia'. Eu puxei ele pra vim embora, aí quando eu puxei ele o cara começou a atirar, quando olhei ele já tinha caído no canto da parede no primeiro tiro e foi quando senti que pegou um (tiro) em mim. [...] Ele era envolvido, era GDE (Guardiões do Estado) batizado. Só tava muito bêbado e drogado.
Em entrevista à reportagem do MeioNews, o delegado João Filipe Sampaio confirmou que Marcos estaria ligado a uma facção originária do Ceará, estado vizinho ao Piauí, e era foragido da Justiça. No momento do ocorrido, a vítima estava acompanhada de sua esposa, filho e outros familiares no show.
A poucos minutos para começar o show de Safadão, Marcos sacou uma arma de fogo da cintura e atirou no chão. Em seguida, algumas pessoas apareceram para contê-lo. No momento, Marcos tentou se desvencilhar e atirar novamente, quando foi baleado.
Informações iniciais indicam que as pessoas que tentaram conter e atiraram em Marcos são polícias à paisana. O caso será investigado pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicido e Proteção à Pessoa, Repreensão e Combate ao Tráfico de Drogas de Luis Correia (DFHT), a fim de entender o que de fato levou o suspeito a abrir fogo no show e quem são os autores dos tiros que mataram o faccionado.