Estado de saúde de mãe que perdeu filhos por envenenamento em Parnaíba é delicado, diz HEDA

A paciente está sob cuidados intensivos desde a última quarta-feira (1º), quando foi hospitalizada juntamente com outros membros de sua família.

Francisca Maria da Silva, 32 anos, permanece internada no Hospital Nossa Senhora de Fátima | Reprodução/Redes sociais
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Francisca Maria da Silva, 32 anos, permanece internada no Hospital Nossa Senhora de Fátima, anexo II do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba, após consumir arroz envenenado com a substância tóxica terbufós, popularmente conhecida como “chumbinho”. Veja a nota da casa de saúde abaixo.

A paciente está sob cuidados intensivos desde a última quarta-feira (1º), quando foi hospitalizada juntamente com outros membros de sua família. 

O QUE DIZ O HOSPITAL

Conforme o Dr. Carlos Teixeira, diretor técnico do HEDA, Francisca Maria continua recebendo atenção médica intensiva. “No momento, seu quadro é delicado e ainda não há condições para a abertura de protocolo de morte encefálica. As equipes estão empenhadas em estabilizar sua condição, com reavaliação prevista para as próximas horas”, afirmou em comunicado oficial.

MORTE DE TErCEIRO MEMBRO DA FAMÍLIA

A tragédia familiar ganhou um novo capítulo com a confirmação da morte de Lauane da Silva, de apenas três anos, na madrugada desta segunda-feira (6). Lauane era filha de Francisca e estava internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) desde o dia 1º, após também ter ingerido o arroz contaminado.

É a terceira vítima com morte confirmada do envenenamento. Na semana passada, morreram Igno Davi, de 3 anos, também filho de Francisca Maria, e Manoel Leandro, de 18.

 O laudo da Polícia Científica do Piauí confirmou a presença de terbufós nas vítimas. O delegado Abimael Silva, que lidera a investigação, informou que a substância foi encontrada no arroz consumido pela família. 

A polícia continua investigando o caso e já apreendeu alimentos ingeridos pela família, incluindo um baião de dois e peixes recebidos como doação. O envenenamento teria ocorrido durante o almoço de quarta-feira (1º), com comida preparada com sobras do Réveillon.

segundo caso na família

Este não é o primeiro caso de envenenamento envolvendo a família. Em agosto de 2024, os irmãos Ulisses Gabriel, de oito anos, e João Miguel, de sete, filhos de Francisca Maria, morreram após consumirem cajus envenenados. A suspeita de ter entregado os cajus contaminados está presa, mas as autoridades ainda não confirmaram uma ligação entre os dois incidentes.

O inquérito tem um prazo inicial de 30 dias para ser concluído, podendo ser prorrogado se necessário. 

NOTA DO HEDA

O Hospital Nossa Senhora de Fátima, anexo II do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), informa que, a paciente adulta, vítima do suposto caso de envenenamento, permanece sob cuidados intensivos na unidade. No momento, seu quadro é delicado e não há condições clínicas para a abertura de protocolo de morte encefálica. As equipes de saúde estão empenhadas em estabilizar sua condição, com a expectativa de reavaliação nas próximas horas.

Reiteramos o comprometimento de nossos profissionais, que atuam com dedicação e profissionalismo para garantir o melhor atendimento a todos os pacientes.

Atenciosamente,

Dr. Carlos Teixeira

Diretor Técnico do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA)

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