“Para outras pessoas eu sugiro que tentem, mesmo achando difícil, continuem tentando e perseverem”, é o que aconselha a estudante Marina Monteiro do 3° ano do Ensino Médio do CEV. A jovem de 17 anos, natural de Picos (PI), conquistou a nota máxima (958,6) no Exame Nacional do Ensino Médio 2023 (Enem) em Matemática e suas Tecnologias.
Aos 12 anos, Mariana se mudou para Teresina com o objetivo de ter um ensino melhor. Morando sozinha, ela realizava simulados, questões de vestibulares e edições anteriores do Enem para se preparar. A estudante já conseguiu aprovação até para a Universidade Estadual do Ceará (UECE), porém ainda não havia concluído o ensino médio e “queria tentar entrar na UFPI ou em alguma universidade de São Paulo”.
“O meu estudo era diário, eu não tinha muito descanso. Vim para ter um ensino melhor, fazer o 8º ano. Eu ainda tinha uns 12 anos. [..] Meus tios moravam perto. Durante as aulas, eu assistia normalmente, fazia as anotações dos professores e em casa eu aplicava o conhecimento que recebia no dia. [...] A equipe era muito boa”, explicou Marina.
ESTRATÉGIA NA PROVA
Mariana explicou ao Meionorte.com que preferiu pular algumas questões que eram fáceis, pois a Teoria de Resposta ao Item (TRI) - algoritmo usado pelo Enem para corrigir e pontuar a prova, era baixo, ou seja influencia na quantidade de pontos e desta forma focava nas mais difíceis.
“Depois, voltei e acertei a maioria das questões (da prova de ciências da Natureza). Eu precisava contar para ter o tempo adequado para não ficar batendo cabeça nas que eu não tinha certeza. Em matemática foi do mesmo jeito. Algumas achei mais difícil, por exemplo, matemática financeira. Ela estava no meio, mas deixei por último porque eu estava sem conseguir resolver na hora”, explica.
O resultado não a surpreendeu! Isso porque, ela já sabia que havia acertado todas as questões após conferir o gabarito da prova. “Eu conferi, 45 questões corretas. Só que ainda não tinha a nota com o TRI. Tive que esperar até hoje e confirmar, para eu mostrar a todo mundo a pontuação máxima no Brasil”, ressaltou.
MEDICINA E O APOIO DOS PAIS
Marina Monteiro contou que deseja cursar Medicina. “Eu quero tentar a medicina na UFPI, ou em alguma universidade paulista. Eu me inscrevi na USP e na Unicamp. [..] A minha certeza é quando sair a nota e eu ver “você foi aprovada”.
Apesar de residirem em Jaicós, a 313,4 km de Teresina, Marina destacou o incentivo e apoio da família: ”Meus pais me auxiliaram de longe. Quando eu fazia o vestibular, minha mãe ia comigo para eu não ficar sozinha e o meu pai também via as inscrições e imprimia as provas”.
CONSELHO PARA A VIDA
“Facilidade é você tentar até as coisas mais difíceis. Você não pode deixar de fazer alguma coisa porque acha que é difícil. Você tem que tentar e uma hora você vai conseguir. [..] Eu gostaria de motivar outras garotas a atingirem os seus objetivos para tentarem cada vez mais conquistar espaços que eram voltados mais para homens, por exemplo matemática”, finalizou a estudante.