Fazendo a diferença: Casa de Solidariedade mantém o legado de Santa Dulce dos pobres

Com projetos baseados em saúde, alimentação e educação, a Associação ajuda jovens e famílias carentes da cidade

A Associação leva o nome da primeira santa brasileira | Foto: Raíssa Morais
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"Sempre que puder, fale de amor e com amor para alguém." O projeto que vamos apresentar leva no nome a 1º santa brasileira, Irmã Dulce dos Pobres, a beata que vivia a servir em prol dos que nada tinham. O projeto, criado como ponte entre a solidariedade e a religiosidade, também segue os passos dessa compaixão. 

Criada ainda em tempos de pandemia, no ano de 2021, a Associação Casa da Solidariedade Santa Dulce dos Pobres, mantida pela Ordem dos Frades missionários, é um projeto que acolhe jovens e famílias da zona norte da capital - mas especificamente na região da Santa Maria da Codipi. Atualmente, tem a frente o Frei Luciano Lima e um time de voluntários na realização das ações. 

O frei explica que entre os projetos estão o ‘Comida na mesa’, que alimenta mais de 2.000 pessoas por mês, o ‘Cuidar da saúde’, que leva assistência odontológica a crianças da região em parceria com a Uninovafapi e a Biblioteca Comunitária Joaquim Francisco de Almeida, espaço que oferece mais de 2000 exemplares para estudo, reforço, além de uma parceria com o Instituto Federal do Piauí (Ifpi) com aulas de informática.

“O número de pessoas que contemplamos oscila conforme o que recebemos de apoio e doação. Porque não atuamos apenas na área de formação profissional, atuamos também na promoção da saúde, [...] mas a nossa média é de 2.800 a 3.500 pessoas atendidas por mês”, afirma o frei. 

UM CHAMADO PARA SERVIR 

Um ato de bondade sempre desperta outro, é como uma rede, um pontinho se ligando ao outro e fazendo a diferença. É assim - e mesmo sem saber - que a Associação recruta seus voluntários para as ações em prol dos que mais precisam. Valéria Barbosa é uma dessas almas solidárias que há 1 ano observava pelo seu bairro as ações sociais da Casa, até entender que a sua participação seria importante para a comunidade.

“Eu soube da existência da Associação e procurei me informar como funcionava, peguei os endereços das plataformas e comecei a acessar e acompanhar as atividades, e isso foi me despertando o interesse para conhecer. Busquei falar com Frei para saber mais a respeito dos projetos e ele me convidou para assistir uma celebração que acontece todo domingo às 9:00 da manhã na comunidade, aí foi quando recebi a missão”, diz.

A Casa prepara junto a produção de sopa, cestas básicas para doação. Foto: Raíssa Morais

Valéria fala sobre a região Dandara dos Cocais, comunidade onde as atividades da Associação se estendem - pela grande vulnerabilidade das famílias -, é lá também que as pessoas participam de momentos religiosos, como celebração de missas, leitura de evangelhos e partilha sobre o papel da solidariedade, e aprendem, consequentemente, quem era a Santa Dulce dos pobres. 

“Lá vai só aumentando o encantamento por ajudar. Sempre tem presença de crianças e jovens, e na primeira vez que participei, tímida, porque ainda não era uma voluntária, eles chegavam até mim, falavam sobre os projetos desenvolvidos e eu via uma empolgação por parte deles. Existe toda uma beleza também, é uma conversa que se inicia por parte deles, que vem da alma, e é tão verdadeiro que isso transcende”, afirma com orgulho. 

TECNOLOGIA E SOLIDARIEDADE

A sede da Associação abriga um espaço, além da biblioteca, que capacita profissionalmente famílias que possuem o interesse em aprender mais sobre tecnologia. De aulas básicas de informática à formatação do Excel, essas pessoas conseguem de forma acessível e gratuita um certificado que contribui para o mercado de trabalho, e no caso de crianças e adolescentes, um “up” para o futuro acadêmico. 

A parceria se deu após a iniciativa do Instituto Federal do Piauí (IFPI), onde os próprios estudantes de Ciência da Computação do 5° período colocam em prática a extensão, ou seja, a contribuição do seu trabalho e estudo na sociedade. 

A professora Seandra Macêdo explica que a ideia de abraçar associações solidárias partiu dos próprios estudantes, os quais lecionam as aulas na Casa Santa Dulce.

“Desde o ano passado a gente vem plantando essa sementinha para conseguirmos desenvolver o projeto. Então, quando parte do aluno, principalmente aqueles que querem levar algum benefício e conhecimento para a sua própria comunidade, nós vemos como essa união entre universidade e comunidade pode crescer”, afirma uma das orientadoras da extensão.

Os alunos Nabia Jane e Davi Nascimento, compartilham a experiência de aprendizado de forma ainda mais especial, os dois são mãe e filho. Nabia conta que iniciou as aulas para acompanhar Davi, mas logo se interessou em aprender.

“Quando eu estou aqui, isso motiva ele e ele me motiva e o mercado de trabalho exige muito, cada ano se atualiza, a gente tem que estar está atualizado também e serve muito no dia a dia pra gente que tem celular e aparelho em casa. O meu foco mesmo é trabalhar para mim, quero trabalhar com gastronomia, com delivery, essas coisas, então saber usar a internet é muito importante”, explica. 

Mãe e filho aprendem juntos sobre tecnologia e amor. Foto: Raíssa Morais.MAIS INFORMAÇÕES SOBRE A ASSOCIAÇÃO

Para saber mais sobre a Associação Casa da Solidariedade Santa Dulce dos pobres, que promove amor e bem estar ao próximo, basta acessar suas redes sociais e o contato para telefone:

- Instagram: @casasantadulce

- Facebook: @casasantadulce

- Email: associaçaocasasantadulce@gmail.com

- WhatsApp: 86 999251142

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