O MeioNews teve acesso a uma troca de mensagem de Solismar Lopes da Silva, de 60 anos, conhecida como ‘Vovó da Facção’, presa durante a Operação DRACO 107, na manhã desta terça-feira (16), no bairro Dagmar Mazza, zona Sul de Teresina. A filha, Sandra Lopes Diniz, também foi detida. No áudio, ela cobra uma pessoa: “Ninguém obrigou você, nem eu, nem outras pessoas. Só que nós temos que arcar com nosso compromisso”, diz.
ENTENDA: O delegado Charles Pessoa, coordenador do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), afirmou que as duas estão ligadas a um grupo central de uma organização criminosa, responsável por tomar decisões relacionadas ao julgamento de outros membros e à operação do tráfico de drogas. Na casa das mulheres, a polícia encontrou drogas, balanças e cadernos com anotações de vendas dos entorpecentes.
“Mas é o seguinte, vamos arcar com nossos compromissos. Nós fechamos numa facção de coração, não foi? Ninguém obrigou você, nem eu, nem outras pessoas. Só que nós temos que arcar com nosso compromisso, que é pagar o nosso cassinho, para ter o nosso direito. Ninguém está dizendo as coisas com nós, porque o fulano está fazendo isso, não pode fazer, porque ele não arca com o cassinho”, diz a Vovó da Facção no áudio.
“Porque desde quando nós fechamos na organização, nós sabemos que nós temos que pagar o cassinho. Eu não sei se quando o Marginho lhe fechou, ele disse para vocês saírem. Mas quando eu ou você, quando eu fechei com o seu marco e seu caio, eles foram muito real comigo. Minha veta está fechando, não está com o trabalho aqui, não é? Pois você tem que pagar o seu cassinho. E eu não disse não, eu disse que eu tenho que pagar, eu pago, não é”, completa.
PASSAGENS CRIMINAIS: Ainda conforme o delegado Charles Pessoa, a Vovó da Facção já havia sido detida há alguns anos pela DEPRE por envolvimento com o tráfico de entorpecentes. No entanto, foi solta e voltou a atuar em uma facção criminosa. “Com essas duas prisões, mais membros perigosos foram retirados de circulação, graças ao trabalho contínuo desenvolvido pelo nosso departamento. É importante ressaltar que, aqui no estado do Piauí, não toleramos a presença de facções criminosas”, garante o coordenador do DRACO.