Neste domingo, 2 de julho, aconteceu o Festival Piauiense de Xadrez. O evento, em memória do menino Arthur Galvão, reuniu várias crianças e jovens numa disputa dinâmica do jogo. Mesmo sendo um campeonato, o jogo vai influenciar positivamente na vida pessoal de cada participante, no raciocínio, na educação e profissionalmente. O secretário de Educação, Washington Bandeira, esteve presente e ressaltou a importância do evento.
O torneio de xadrez no Piauí surgiu em meados de 1995, e hoje existe e auxilia o desenvolvimento pessoal de todos que ousam participar do festival. Uma disputa fervorosa e educativa, o evento reuniu meninos e meninas de todas as categorias. Segundo o Presidente da Federação de Xadrez, Luís Carlos Sales, o campeonato envolve várias delegações.
"Essa história começa ali em 1995 quando nós idealizamos o primeiro festival de xadrez. Foi até 2001 e nós passamos uma temporada sem fazer. Voltando a realizar em 2019 na Sede da Caixa Econômica Federal. Depois veio a pandemia e nós paramos. Ano passado nós realizamos o memorial Arthur Galvão, que foi um adolescente de 14 anos que faleceu em 2021, ele tinha sido revelado no último festival de xadrez. Neste ano nós colocamos o nome em memória dele, ele era uma revelação, um talento em ascensão que se destacou no meio da pandemia e aqui ele está sendo homenageado. No ano passado foi realizado este evento nas cidades do interior, e este ano o festival está sendo concentrado com as delegações de Oeiras, Picos, Parnaíba, José de Freitas, Altos, Timon, Caxias, são muitos estados e municípios participando dessa bela festa de crianças e adolescentes", conta o Presidente da Federação de Xadrez, Luís Carlos Sales.
Ainda segundo o Presidente da Federação de Xadrez, o torneio abre portas para novos talentos. Jovens de escolas públicas e particulares têm a oportunidade democrática de participar do evento.
“São vários campeonatos, categorias. É um evento de vários torneios de categorias de base e visam tirar o campeão piauiense de xadrez e também revelar nossos talentos. Aqui tem jovens estudantes de escolas públicas e particulares, várias classes aqui nesse evento bem democrático, então participar com certeza vai estimular as crianças a buscar o xadrez no lazer e esporte”, completa Luís Carlos.
O secretário de Educação, Washington Bandeira, falou ao Meionorte.com sobre a importância do evento e como isso pode influenciar na vida dos estudantes. Segundo ele, “o jogo tem um potencial muito grande educacional de raciocínio e de tomada de decisões”.
“Evento lindo, com tantas crianças e adolescentes participando de um esporte tão nobre com um potencial educativo tão grande que é o xadrez. Neste esporte é nosso plano também enquanto governo do estado, fortalecer os investimentos nos mais diferentes esportes dentro da escola, incluindo na matriz, no modelo pedagógico em especial nas escolas de tempo integral. Nós vamos universalizá-las em tempo integral, implementar e executar com mais eficiência a inserção de uma gama de esporte. O xadrez é uma competição saudável, (os estudantes) vão mais se divertir praticando o jogo do que qualquer outra coisa. O xadrez tem um potencial muito grande educacional de raciocínio, tomada de decisões, e eles servem para a vida de todos, para melhorar o desempenho das outras disciplinas”, destaca o secretário de Educação.
Alunos de escolas quilombolas localizadas em Esperantina tiveram a oportunidade de presenciar e participar do campeonato de xadrez. Contente com a oportunidade, o professor responsável pelos estudantes, Francinato, ressalta a importância do evento na inclusão social, e ainda menciona que o município foi o que mais trouxe alunos.
“A princípio eu elaborei um projeto baseado neste conteúdo, nessa temática de xadrez escolar para aplicar nas escolas. Tenho notado resultados, percebido diferenças em alunos, de atenção, concentração, inclusive ex-alunos meus que aprenderam a jogar xadrez até hoje me agradecem por isso. A realidade é essa, estamos com uma comunidade quilombola neste torneio, as vezes a gente não tem material, mas vamos lá pega um papel, uma tampa, imprimi um material e confecciona, o aluno cria e aprende tudo ao mesmo tempo”, explica o professor Francinato, que trouxe 23 alunos de Esperantina.
O torneio de xadrez deste domingo foi dividido em categorias: Sub. 10, 14 e 16. Todas foram formadas por meninos e meninas. Além disso, houve também um absoluto feminino. Ao todo, foram seis rodadas competidas e a final, que seguindo os critérios de empate, houve as premiações do primeiro, segundo e terceiro lugar.
“Ele te ajuda na tomada de decisões, pois você tem recursos limitados para alcançar objetivos. É um local bem caótico, porque certas coisas não estão sob o seu controle e você tem que fazer o mais que se pode. Quando é criança, ela aprende a se manter calma, e isso já entra no seu aspecto que é o emocional. Nosso objetivo não é fazer competidores, mas criar adultos que saibam se desenvolver”, Luis Felipe Fortal.