Fiação exposta causou morte de menino de 2 anos no Promorar, diz família; mãe pede justiça

“Meu filho morreu nos meus braços”, desabafou Aline Alves, mãe do menino Arthur.

Arthur Luís Alves do Nascimento, de 2 anos, morreu na noite de terça-feira (26) | Reprodução/TV Meio
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Devastada, a família do pequeno Arthur Luís Alves do Nascimento, de 2 anosestá pedindo por justiça após o menino morrer eletrocutado na noite de segunda-feira (26), em Teresina. Segundo testemunhas, a criança tocou em um fio elétrico desencapado de uma placa de iluminação localizada em frente a uma distribuidora de gás de cozinha.

O QUE DIZ A FAMÍLIA

Aline Alves, mãe de Arthur, culpa a empresa Ultragaz, responsável pela instalação do equipamento, pelo acidente. Aos prantos, ela relatou a falta de socorro no momento em que tudo aconteceu. “Meu filho morreu nos meus braços”, desabafou.

"Meu filho estava morrendo no meu colo e ninguém fez nada. Eu corri pedindo ajuda, mas estava tudo trancado. Depois que meu filho já havia morrido, vieram isolar o o fio. Eu quero justiça, ele era o amor da minha vida”, falou a mulher.

Aline afirmou ainda que o local apresentava fiação exposta e que funcionários da empresa teriam presenciado o ocorrido sem prestar auxílio. “Eles não se manifestaram, não ofereceram solidariedade. É desumano. Dinheiro parece ser mais importante do que a vida do meu sobrinho. Só Jesus sabe o que estamos passando”, declarou uma tia de Aline Alves.

A noite da tragédia

De acordo com a família, Arthur brincava com outras crianças na calçada quando encostou na base da placa de iluminação, que tinha fios desencapados. O menino chegou a ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro, mas não resistiu.

SUPOSTO FUNCIONÁRIO ISOLOU FIO

Imagens obtidas pela TV Meio mostram um funcionário da empresa no local após o acidente, aparentemente consertando a fiação da placa, que foi isolada com fita adesiva. Antes disso, segundo a família, o fio desencapado estava exposto e teria causado queimaduras nas mãos e nos pés da criança.

 “Meu sobrinho tinha apenas dois anos. Era uma rua onde todas as crianças brincavam. Ele colocou o pé no fio e ficou se tremendo. Funcionários estavam lá e nada fizeram para ajudar”, lamentou uma tia da criança.

A empresa está funcionando normalmente, conforme moradores. O homem que registrou um funcionário aparentemente consertando a fiação da placa mostrou a movimentação de clientes no estabelecimento.

Investigação

O caso será investigado pela Polícia Civil. Até o momento, a Ultragaz não se manifestou sobre a morte de Luís.

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