A Polícia Civil do Piauí, por meio do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), em conjunto com a Força Tarefa de Parnaíba, deflagrou na manhã desta sexta-feira (24) a operação Draco 122. O objetivo é cumprir oito mandados de prisão e oito mandados de busca e apreensão em Teresina e José de Freitas.
Na capital, a operação ocorre nos bairros Três Andares, Mafrense, Santa Maria da Codipi e Vila Uruguai. Os mandados de prisão visam suspeitos de envolvimento em organizações criminosas atuantes nesses municípios.
De acordo com o coordenador do Draco, delegado Charles Pessoa, a operação teve início há dois meses, aproximadamente, onde flagraram uma grande operação nesta área, "inclusive com a apreensão de dois fuzis e várias pistolas. Todo esse armamento pertencia a família e indivíduos que foram presos na mannã de hoje, retornamoso novamente à região para demonstrar que esse monitoramento desenvolvido pelo Drado é permanente e n ão iremos admitir, em hipótese alguma, a instalação de células de facções criminosas em nosso Estado", diz, alertando que no Estado do Piauí não há espaço para essas facções criminosas.
A operação conta com o apoio da Força Estadual de Segurança Pública (FEISP), do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), do Batalhão Especial de Policiamento do Interior (BEPI), do Batalhão de Operações Aéreas (Bopaer) da Polícia Militar do Piauí, da 10ª Delegacia de Polícia Civil e da Guarda Municipal de Teresina.
Durante a operação foram presos os faccionados Weslen Pereira da Silva e João Victor Nunes Leitão que ameaçaram o delegado Charles Pessoa. Inclusive, durante as prisões, um deles chorou e pediu desculpas pelo crime. "O Draco desenvolve esse trabalho permanente de de monitoramento desses criminosos paraque a gente consiga se antecipar em ações para proteger a integridade física de todos os nossos operadores", frisa.
Ele conta que estava em uma live com o promotor de Justiça, Rômulo Cordão, de Parnaíba, "e estávamos tratando desta temática e da atuação dessas facções criminosas, tanto no contexto local, de Piauí, como no âmbito nacional e dessas metodologias desenrolvidas pelo Draco no enfrentamento a essa criminalidade organizada", relata Charles Pessoa.
O delegado conta que dois perfis de uma rede social entraram na live, "se auto-declararam membros de determinada facção criminosa, nesse caso, Bondo dos 40, e proferindo algumas ameaças relacionadas a mim, um termo utilizado muito por essa criminalidade organizada: 'vai morrer delegado, vamos te matar delegado'. Então, a nossa equipe responsável por esse monitoramente identificou esses dois perfis", diz, acrescentando que foi iniciada uma investigação policial , ou seja, um inquérito policial presidido por outra equipe. "Indentificamos as pessoas vinculadas a esses perfis , dois indivíduos, dois criminosos que são membros dessa facção criminosa, inclusive com diversas passagens pelo sistema penitenciário", complementa.