A Assembleia Legislativa do Estado do Piauí (Alepi) finaliza nesta quarta-feira (12) os trabalhos do primeiro semestre de 2023 com a meta de agilizar a realização do concurso geral com 400 vagas, melhorar a transparência da institução e implementar a polícia legislativa nos meses seguintes.
Em entrevista para o programa Bom Dia Meio Norte, apresentado por Ieldyson Vasconcelos, o presidente da Alepi, deputado estadual Franzé Silva (PT), informou que o concurso geral está previsto para ocorrer até o final deste ano, com a expectativa de oferecer 400 vagas. A iniciativa, segundo ele, faz parte de um conjunto de ações voltadas para a estruturação e modernização administrativa da casa, que também inclui a criação do Programa de Aposentadoria Incentivada (PAI).
Segundo Franzé, ao assumir a Alepi, foi necessário priorizar medidas para garantir a estabilidade financeira nos primeiros meses à frente da Casa Legislativa. "Fizemos ajustes fiscais, controlamos despesas e receitas, e implementamos um controle gerencial eficiente. Essas ações possibilitaram a regularização do pagamento dos funcionários, que antes ocorria entre os dias 10 e 15, para dentro do mês vigente", contou.
Quanto ao concurso para a Polícia Legislativa do Piauí, com previsão de 100 vagas, ele deve ocorrer no início de 2024. Essa nova instituição vai envolver a criação de cargos e substituição de funções que atualmente são desempenhadas por policiais militares.
"É inadmissível que nós tivéssemos segurança dentro da assembleia em um quantitativo maior que a lei permite. Quando assumi como presidente, devolvi cerca de 60 policiais que estavam em excesso. Queremos fazer uma parte importante na assembleia que possa oxigenar a juventude, ajudar na experiência e tornar tudo mais produtivo. Nossa ideia é que o concurso geral proporcione mais oportunidades", afirmou Franzé Silva.
Transparência
O Piauí recebeu uma avaliação desfavorável em relação ao índice de transparência dos poderes Legislativo e Executivo estaduais, de acordo com um levantamento realizado pela ONG Transparência Internacional, divulgado este ano. No âmbito do Executivo estadual, o estado ficou na 5ª pior colocação do país, com nota 48,8. No caso do poder Legislativo, o Piauí teve a 3ª pior nota: 19.
"O Piauí está entre os cinco piores estados do país no índice de transparência dos poderes Legislativo e Executivo estaduais. A partir do próximo mês de agosto, vamos reformular nossa ouvidoria. Queremos uma ouvidoria que chegue mais perto das pessoas, que ouça reclamações e sugestões. Nosso objetivo é melhorar nossa posição no ranking", explicou o deputado.
Durante a entrevista, o deputado compartilhou sua trajetória pessoal e falou da contribuição para o equilíbrio financeiro do Piauí nos períodos de 2003 a 2010, durante o governo de Wellington Dias (PT). Ele defende essa atuação como uma forte marca para a disputa da Prefeitura de Teresina (PMT).
"Eu cheguei em Teresina aos cinco anos de idade não para estudar, mas para escapar da fome. Aprendi nessa cidade a ter superação. Desde muito pequeno, vivi ali condições difíceis e aprendi que a superação passa por riscar da vida a palavra desistir. Teresina é uma cidade com oportunidades, e tive a oportunidade de ser gestor e entregar para Teresina uma série de ações. Hoje, em meio à situação que vivemos, precisamos estar muito responsáveis com a reconstrução de Teresina", destacou o deputado.