Nesta segunda-feira (15), o juiz da 3ª federal, Agliberto Gomes Machado, determinou a soltura da funcionária do Conselho Regional de Medicina (CRM) do Piauí, E.O.F, que havia sido presa no último dia 10 de maio sob suspeita de integrar uma quadrilha de falsificação de registros de médicos. A acusação é de que a funcionária teria feito matrículas com uso de documento falso para médicos reprovados no Revalida, cobrando valores que variavam de R$ 300 mil a R$ 500 mil.
De acordo com o advogado de defesa, Wellington Morais, a funcionária já havia prestado todos os esclarecimentos necessários, entregou o aparelho celular e a senha para que o delegado tivesse acesso aos dados. Além disso, a própria Polícia Federal não pediu prorrogação da prisão. “ A acusada contribuiu com as investigações, portanto, não existe razão para a manutenção da prisão", afirmou o advogado.
A Operação Revalida, da Polícia Federal, investiga pelo menos nove denúncias de falsificação de registros de médicos no âmbito do CRM no Piauí. A prisão da funcionária foi um dos desdobramentos da operação, que tem como objetivo desestruturar a organização criminosa envolvida no esquema.
De acordo com informações divulgadas pela Polícia Federal, a quadrilha investigada realizava a inserção de documentos falsos e diplomas fictícios para obter a inscrição de profissionais não habilitados no Conselho Regional de Medicina (CRM), possibilitando que esses indivíduos exercerem a profissão de médico de forma irregular. Os outros dois envolvidos continuam foragidos.