O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Maranhão, deflagrou, na manhã desta terça-feira (08), a “Operação Hades” para cumprir 20 mandados de busca e apreensão e de sequestro e arresto de bens contra um suposto grupo suspeito de fraude fiscal e “lavagem” de dinheiro.
De acordo com o Ministério Público do Maranhão, cerca de R$ 304.509.097,92 em impostos teriam sido desviados, patrocinados por famílias que atuam no setor de combustíveis. Foram alvos de investigação as cidades de Caxias, Peritoró e Miranda do Norte, no Maranhão; Campinas (SP), no Rio de Janeiro (RJ) e no Piauí.
Os endereços são ligados a uma organização criminosa relacionada à simulação de operações interestaduais com álcool etílico hidratado (carburante) para outros fins, através da utilização de indústrias de fachada e com indícios de internalização em postos de combustível no estado do Maranhão.
De acordo com a denúncia do MPMA, o material seria transportado para endereços diversos daqueles constantes nos documentos fiscais, deixando, com isso, de recolher o ICMS incidente na substituição tributária.
Além disso, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), colaborou com o cumprimento de mandados de busca e apreensão e de sequestro e arresto de bens na cidade de Teresina, capital do Piauí.
Foram cumpridos 20 mandados nas cidades maranhenses. No estado, 17 promotores de justiça e dois delegados de polícia participaram da operação. As investigações continuam a fim de desarticular mais grupos criminosos em outros setores.
A operação, que conta com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no suporte ao operacional ao cumprimento dos mandados – por meio do emprego de PRFs de diversos estados, viaturas e uma aeronave -, é realizada em parceria com a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) e a Agência Nacional de Petróleo (ANP).
HADES
Na mitologia grega, Hades era considerado um deus do submundo, estando associado a sombras e segredos. O nome da operação faz referência à fraude fiscal oculta patrocinada por famílias que atuam no setor de combustíveis, simbolizando a busca por revelar e punir as atividades ilegais.