Homem que ateou fogo e matou mulher em Teresina é condenado a 20 anos de prisão

O réu foi condenado a 19 anos e nove meses de reclusão pelo homicídio e a mais um ano de prisão pelo crime de ocultação/destruição de cadáver.

Sede do Tribunal de Justiça do Piauí | Ascom
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Em julgamento realizado na última terça-feira (27), o Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina, condenou a 20 anos e 9 meses de reclusão, um homem que matou uma mulher em um lixão localizado na Vila Irmã Dulce, zona sul de Teresina, no ano de 2015. José Carlos Oliveira Pacheco queimou a vítima, Maria Adalgisa de Araújo Lima.

CONDENAÇÃO

O Conselho de Sentença acolheu integralmente a tese proposta na denúncia do MPPI, reconhecendo a autoria do crime e as qualificadoras de uso de meio cruel e feminicídio (homicídio praticado contra a mulher em razão do sexo feminino). O réu foi condenado a 19 anos e nove meses de reclusão pelo homicídio e a mais um ano de prisão, bem como ao pagamento de dez dias-multa, pelo crime de ocultação/destruição de cadáver.

SOBRE O CRIME

Os crimes aconteceram na manhã do dia 02 de julho de 2015, em lixão na Vilã Irmã Dulce, zona sul da capital teresinense. Conforme a denúncia, assinada pelo promotor de Justiça Ubiraci Rocha, apurou-se que José Carlos Oliveira Pacheco agiu de forma premeditada, já que ficou à espreita para agredir a vítima.

Imagem: Divulgação/MPPI

Maria Adalgisa de Araújo Lima foi cremada ainda viva e morreu em decorrência de asfixia por inalação de fumaça e vapores quentes. “O acusado empregou meio cruel, visto que infligiu grande sofrimento à vítima, por ter consumado o delito mediante o uso do fogo, evidenciando assim intensa agressividade”, argumentou o representante do MPPI. Ainda segundo a apuração, o crime foi motivado por ciúmes e sentimento de posse, o que caracterizou o feminicídio.

HAVIA SIDO ABSOLVIDO EM 2021

Houve um primeiro julgamento do caso em agosto de 2021, mas o réu foi absolvido. Após recurso interposto pelo Ministério Público, o Tribunal de Justiça determinou a realização de uma nova sessão plenária do Júri, que resultou no reconhecimento dos crimes e na aplicação das penas. O promotor de Justiça Yan Cavalcante representou o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI) durante o julgamento.

(Com informações do MPPI)

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