Influencer Itallo Bruno vai perder todos os bens adquiridos através de rifas

Em seis meses, Itallo Bruno movimentou R$ 5 milhões de reais. Ele vivia uma vida regada à ostentação e havia adquirido recentemente uma casa em um condomínio que custou R$ 1 milhão

Itallo Bruno vai devolver todos os bens adquiridos através de rifas | Reprodução
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Além de revelar detalhes sobre o processo de lavagem de dinheiro, exploração de jogos de azar e organização criminosa, o influenciador Itallo Bruno, de 24 anos, se comprometeu, no acordo de delação premiada, a devolver dinheiro e bens oriundos de rifas ilegais. Itallo Bruno, seu pai, mãe, irmã e um amigo deixaram a Cadeia Pública de Altos na segunda-feira (22) após 11 dias sob custódia da polícia.

Todos estão sendo representados pelo advogado Lucas Villa, que alegou que os investigados irão ressarcir o Estado pelos crimes cometidos. Nos últimos seis meses, Itallo Bruno movimentou R$ 5 milhões de reais. Ele vivia uma vida regada à ostentação e havia adquirido recentemente uma casa em um condomínio que custou R$ 1 milhão, quitando o imóvel com R$ 400 mil em dinheiro vivo e fazendo dois PIX de R$ 300 mil.

Nas redes sociais, ele era conhecido por propor “casa própria por menos de R$ 1,00”, o que alavancou sua carreira como inlfuenciador digital. O jovem de 24 anos oferecia as rifas por centavos, com prêmios muito caros, como mansões, carros e motocicletas de luxo.

Em uma coletiva de imprensa realizada para anunciar os desdobramentos desse caso, a Polícia Civil do Piauí informou nesta terça (23) que indiciou 10 pessoas por organização criminosa, exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro em Teresina, por meio da Operação Jogo Sujo, deflagrada em 11 de janeiro.

Conforme a polícia,  Itallo Bruno e outros investigados fizeram colaboração premiada, assumiram os crimes, abriram mão dos bens adquiridos e deram à polícia detalhes e novos elementos sobre o caso. O delegado Humberto Mácola descartou vínculo entre o influencer e facções criminosas que atuam no Piauí, suspeita levantada inicialmente pela polícia.

"O investigado fez uso de uma prática legal prevista em lei, denominada delação premiada, que consiste na concessão de benefícios por parte do estado àquele que confessa ou presta informações úteis aos esclarecimentos do fato delituoso. Nesse acordo, Itallo renunciou ao seu patrimônio adquirido através da prática de contravenção penal em favor do estado. Ou seja, tudo que foi construído através disso agora será do estado e será devolvido através de ações sociais em leilão, sendo os valores arrecadados destinados a ações beneficentes", declarou Matheus Zannata.

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