Influenciadores presos em operação não estão colaborando com as investigações, diz delegado

Os investigados são acusados de estelionato, jogo de azar, indução ao erro, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Influenciadores presos em Teresina podem ter prisões prorrogadas devido à falta de colaboração com as investigações. | Reprodução/Redes sociais
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Os influenciadores digitais presos temporariamente em Teresina na quarta-feira (9), durante a segunda fase da Operação Jogo Sujo, podem ter suas prisões prorrogadas. Segundo o delegado adjunto da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, Alisson Landin Macedo, eles não estão colaborando com as investigações da ação policial, que visa reprimir a divulgação de jogos de azar ilegais na internet. Veja a lista dos investigados.

“Até o momento, não tivemos muita colaboração. A prisão temporária tem o objetivo de garantir uma investigação mais aprofundada. Se eles continuarem não colaborando, é possível que a polícia solicite a prorrogação da prisão”, disse o delegado durante o programa “Piauí, Bom Dia”, apresentado por Ieldyson Vasconcelos.

PRISÕES E MANDADOS DE BUSCA

Durante a operação, a polícia cumpriu oito mandados de prisão temporária e 22 mandados de busca e apreensão em Teresina, Timon (MA) e Caxias (MA). Armas de fogo, joias, carros de luxo e uma quantia de R$ 500 mil foram apreendidos. O delegado Humberto Mácola, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, destacou que o estilo de vida dos investigados, com bens de alto valor, não condizia com suas rendas declaradas.

“Não existe dinheiro fácil. Todos aqueles que participaram dessa ação devem responder de acordo com o grau de sua responsabilidade”.

Alisson Landin também abordou a questão das apostas, ressaltando a diferença entre as regulamentadas e as que não têm nenhuma garantia de segurança. “Não existe ganho fácil, mesmo em apostas regulamentadas. Quando você vê aquelas que prometem ganhos surreais, já deve desconfiar”, afirmou, reforçando que o público deve ter cuidado ao ser atraído por promessas de lucros rápidos e fáceis.

As investigações ainda estão em andamento, e a operação segue apreendendo bens e colhendo mais evidências que podem ajudar a esclarecer a extensão dos crimes.

Entre os presos, seis foram detidos em cumprimento a mandados por crimes como estelionato, jogo de azar, indução de erro ao consumidor, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Outros dois foram presos em flagrante. Sete dessas prisões ocorreram em Teresina e uma em São Paulo. Além disso, os investigados tiveram bens como dinheiro e veículos apreendidos.

A operação também resultou em apreensões de bens de outros investigados, incluindo:

    •    Pedro Lopes (Lokinho) (preso)

    •    Brenda Raquel (Brenda Ferreira) e seu pai (presos)

    •    Diogo Macedo (Diogo Xenon) (preso)

    •    Letícia Ellen Negreiro de Abreu (presa)

    •    Milena Pamela (presa)

    •    Antônio Robson (Robin da Carne)

    •    Raimundo Alves Torres (Cabo Jairo) (foi preso por estar com um celular roubado, mas foi solto após esclarecimentos)

    •    Avelar dos Reis Mota (Sargento Mota)

    •    Marta Evelin (Yrla Lima)

    •    Maria Geiceli (Babados Teresina)

    •    Jefferson Victor (Teresina Fofoqueira)

    •    Matheusinho

    •    Matheus Guerra da Silva

    •    João Vaz Neto

    •    Yasmin Sales

    •    Douglas Guimarães Pereira Neves (preso em SP)

A Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) informou que os influenciadores são investigados por crimes de estelionato, jogo de azar, indução ao erro, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

O delegado Alisson Landin explicou que as plataformas de jogos utilizavam métodos enganosos, como vídeos falsos de ganhadores, para atrair o público. Os influenciadores, com grandes quantidades de seguidores, foram contratados para promover essas plataformas de apostas, da mesma forma que promovem outras marcas.

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