As mortes de Joicinéia Dias da Silva, de 23 anos, e Francinete Pereira da Silva Neta, de 24 anos, chocaram a população teresinense. O caso tomou repercussão após uma menina de 4 anos ser deixada em uma Unidade Básica de Saúde e um menino de 6 na casa de parentes na última quinta-feira (14). Com novos desdobramentos do caso, o conselheiro tutelar, Frederico Kaiser, explicou o que irá acontecer com as crianças.
O QUE ACONTECEU
Joicinéia e Francinete, que são irmãs, saíram de casa acompanhadas dos filhos antes do desaparecimento. A família noticiou o ocorrido na quarta-feira (13). Em sequência, a polícia civil deu início as investigações um dia depois. Na quinta-feira (14), pela manhã, a menina foi abandonada na UBS da Santa Maria, zona Norte.
O corpo das irmãs foram encontrados na manhã do sábado (16) em uma cova também na rasa na zona Norte. Após a identificação, em entrevista ao Meionews.com, o perito do IML, Antônio Nunes, informou que causa das mortes ainda será investigada. Existe a hipótese de que as mulheres tenham sido torturadas antes de serem mortas e enterradas.
CRIANÇAS
O conselheiro tutelar destacou que, além da menina, as autoridades receberam relatos referente ao menino de 6 anos, porém sem outros dados. Segundo ele, durante o final de semana, a família da criança entrou em contato informando de que ele já estava na casa dos parentes. Na manhã desta segunda-feira (18), o conselho tutelar esteve presente na residência em busca de mais informações.
“A criança de 4 anos, a menina, desde quinta-feira que ela está no acolhimento institucional e a medida que tivemos que aplicar por conta da dinâmica das situações que estavam surgindo e chegando informações para o conselho. Quanto ao menino, ele não foi acolhido porque até então o conselho não tinha conhecimento de onde ele estaria e nenhum familiar do menino, havia informado onde ele estaria, se seria com parentes”, disse o conselheiro.
COMO SERÁ AGORA
Frederico ainda explicou o procedimento a ser realizado a partir de agora. “A partir de agora, nós vamos poder fazer alguns encaminhamentos no que diz respeito a proteção dele. O menino está com a família. Nós vamos comunicar ainda hoje o ministério público, informando a situação e o ministério público entender que pode afastar ou não. Cabe ao ministério público tomar essa decisão com o juizado da infância. O conselho apenas vai apenas no intuito de aplicar a proteção e comunicar os órgãos do judiciário”, completou.
Conforme apurado, a menina teria mencionado que (criminosos) rasparam a cabeça de sua mãe e depois atiraram na mulher. O conselheiro descreveu ainda o forte abalo emocional vivenciado pela criança.
“Assim que chegou [a menina], sempre repetindo, perguntando pela mãe, perguntando se nós íamos buscar a mãe em algum lugar, a menina se mostrava cansada, triste, abatida. Com aquele aspecto de uma pessoa angustiada. Quanto ao menino, o fato dele não ter vindo ao conselho, não foi deixado em outro local, nós não tivemos esse contato com ele. Então nós não podemos dizer o que ele pode falar em relação a isso”, finalizou.