Um jovem identificado como Luís Fernando Guimarães, registrou uma denúncia à Polícia Civil do Maranhão, após afirmar ter sido agredido por um motorista de aplicativo que não teve a identidade revelada. As supostas agressões foram praticadas na última segunda-feira (30), durante uma corrida que era realizada de Teresina, no Piauí, para Timon, no Maranhão, cidade onde mora a vítima.
Em entrevista ao MeioNorte.com, Luís, relata que estava bem próximo de sua casa e a corrida já seria finalizada quando ele teria feito o movimento de retirar o celular que estava na cintura para verificar o preço da corrida e efetuar o pagamento, momento em que as agressões iniciaram.
“Eu já estava nas proximidades da minha casa, a pelo menos 2 ruas. Eu fui retirar meu celular da cintura, para verificar o valor da corrida e abrir o aplicativo do banco para realizar o pagamento, pois sempre uso na cintura, e olhei para a rua, de repente ele já estava no banco de trás me atacando, batendo, me agredindo. Ele me arranhou, me deu um murro no olho”, relatou.
A vítima relatou ainda, que durante o momento das agressões conseguiu retirar o aparelho de onde estava para mostrar ao motorista que não tinha nada ali e que era apenas um celular, quando o agressor iniciou uma série de xingamentos. Para ele, o agressor agiu com preconceito.
“Nessa situação eu dizendo que não tenho nada, eu mostro o celular para provar que não tinha nada, quando ele começou a me atacar com palavras pejorativas, me chamando de negro, mongolóide, viado, ele agiu por puro preconceito”, detalhou.
De acordo com o Boletim de Ocorrências (B.O) formalizado, a vítima conseguiu sair do veículo pedindo socorro aos vizinhos do local, mas logo foi perseguido pelo homem. Na tentativa de se livrar do agressor, chegou a pular um muro de um terreno nas imediações do local. Ainda conforme o boletim, Luís possui uma síndrome identificada como ‘Síndrome de Moebius’.
Durante os relatos à reportagem, Luís expressou seu desejo para que o caso seja solucionado e que o agressor responda legalmente pelo que fez.
“Eu não quero mídia, não quero me aparecer , eu só quero que essa situação não fique impune, eu quero que ele responda pelo que ele fez. Não quero que ele faça com outras pessoas o que fez comigo”, finalizou.
ENTENDA A SÍNDROME
Esta condição é considerada rara e congênita, onde há a paralisia dos nervos cranianos podendo afetar um lado do rosto, e até os dois. As alterações provocadas pela ‘síndrome de moebius’ resultam na ausência de expressões faciais, sendo conhecida popularmente como face de máscara.