Justiça determina soltura de idosa acusada de envenenar dois irmãos em Parnaíba

Lucélia está presa na Penitenciária Feminina de Teresina e deve ser solta ainda nesta segunda-feira (13).

Lucélia Maria da Conceição, de 52 anos, está presa desde agosto de 2024 | Reprodução/Redes sociais
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O advogado de defesa de Lucélia Maria da Conceição, de 62 anos, Sammai Cavalcante, confirmou ao Meionews.com que a juíza da Vara de Parnaíba concedeu a liberdade provisória à suspeita de envenenar os irmãos Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, e João Miguel da Silva, de 7 anos. 

Lucélia está presa na Penitenciária Feminina de Teresina e deve ser solta ainda nesta segunda-feira (13). A decisão ocorre após a Polícia Civil confirmar que não havia veneno nos cajus entregues pela mulher às crianças. Ele estava presa desde agosto de 2024.

Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, e João Miguel da Silva, de 7 anos, morreram por envenenamento em Parnaíba (Foto: Reprodução)

"Foi expedida a soltura e já estamos em processo para tirá-la da prisão. Estamos tentando agora liberar a Lucélia nesta segunda-feira", falou o advogado Sammai.

 PRISÃO DE LUCÉLIA

A Polícia Civil afirmou que, quando Maria Lucélia da Conceição Silva foi presa, havia motivação e indícios considerados suficientes para justificar o pedido de prisão. Lucélia já tinha histórico de envolvimento em outros incidentes envolvendo envenenamento de animais e não tinha um bom relacionamento com os vizinhos. 

Durante seu depoimento, ela admitiu ter aprendido com o irmão a usar veneno (chumbinho) para matar morcegos. Além disso, ela já havia jogado líquidos quentes em pessoas e presenteado vizinhos com frutas estragadas, o que reforçou as suspeitas contra ela.

NOVO LAUDO MUDA RUMOS DE INVESTIGAÇÃO

Um novo laudo pericial pode trazer reviravoltas no caso da morte dos irmãos Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, e João Miguel da Silva, de 7, mortos por envenenamentos no ano de 2024, em Parnaíba, no Piauí. Lucélia Maria Gonçalves, que está presa há cinco meses acusada de envenenar os meninos, pode ser inocentada após a perícia confirmar que não havia veneno nos cajus consumidos pelas crianças antes de morrerem. 

O resultado do laudo saiu um dia após Francisco de Assis da Costa, padrasto da mãe das crianças, ser preso sob suspeita de envenenar um almoço de Ano Novo. Francisca Maria da Silva, de 32 anos, Miguel dos Santos, de 18 anos, Igno Davi da Silva, de 1 ano e 8 meses, e Maria Lauane, de 3 anos morreram.

Reviravolta nas Investigações

Lucélia, vizinha da família, foi presa em agosto de 2024 acusada de ter envenenado os cajus dados aos irmãos. No entanto, a análise das frutas não revelou a presença de veneno, o que gerou dúvidas sobre sua culpabilidade. 

O caso ganhou um novo capítulo quando Francisco foi preso após a suspeita de ter envenenado um baião de dois, consumido por ele e sua família em um almoço no primeiro dia do ano, resultando na morte de quatro pessoas, incluindo Francisca Maria, mãe dos irmãos, e outros dois filhos dela. A polícia agora investiga se Francisco pode estar envolvido nas duas tragédias.

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