
A Justiça do Piauí decretou, nesta quinta-feira (30), a prisão preventiva de Ronny Peterson de Lima Filho. Ele é filho do vereador Rone Perteson (PT), da cidade de Hugo Napoleão (PI), e foi preso com a namorada pelo Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (DENARC) em posse de 176 kg drogas, no bairro Promorar, zona Sul de Teresina, na quarta-feira (29).
“Verifico a presença do fumus comissi delicti, uma vez que há provas suficientes da materialidade e indícios da autoria da custodiada no crime investigado, que são demonstrados pelos documentos que instruem o Auto de Prisão em Flagrante, em especial o Termo de Oitiva do Condutor e das Testemunhas, o Auto de Exibição e Apreensão, Laudo de Exame Preliminar de Constatação e demais documentos que instruem o APF”, consta na decisão da Justiça.
OPERAÇÃO 09
Durante a operação, o vereador Rone Perteson ameaçou os policiais civis. Testemunhas registraram o momento em que os familiares dos presos tentaram impedir a ação do Denarc. O suspeito reagiu à prisão, foi baleado e, em seguida, socorrido à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), e preso.
Foram cumpridos 10 mandados de busca. Além, de maconha e skunk, os policiais apreenderam uma arma de fogo, munições e dinheiro. "Essa droga pertenceria à facção PCC e seria distribuída na zona sul, no entorno do Promorar”, relatou o delegado Samuel Silveira, coordenador do Denarc.
MAIS DE 4 ANOS DE PRISÃO
Segundo o Juiz de Direito da Central de Audiência de Custódia de Teresina, Ronny Peterson é membro do Primeiro Comando da Capital (PCC). Em relação à namorada do acusado, Vanessa da Silva Cunha:
“Embora a autuada seja tecnicamente primária e possua emprego lícito, o fato de coabitar com o flagranteado em sua residência torna improvável que não tivesse conhecimento das atividades de tráfico de entorpecentes no local [...] assim, a prisão preventiva se faz necessária para resguardar a ordem pública, especialmente devido ao alto risco social representado pela quantidade e pela natureza da droga apreendida encontrada [...] medidas cautelares alternativas não seriam suficientes para garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal, sendo imperativo manter os autuados presos para proteger a sociedade do potencial dano que sua liberdade poderia causar”, consta na decisão.