Menor desaparecida é encontrada morta em fossa; integrante de facção é preso

Durante a operação, um indivíduo, conhecido apenas como Cachoeira, resistiu à abordagem policial e veio a óbito em confronto

Polícia encontra possível corpo de menor desaparecida em fossa no Piauí | Foto: Divulgação/SSP-PI
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Durante operação realizada na manhã desta quinta-feira (8), foi localizado o possível corpo de uma menor, que está desaparecida desde o dia 22 de julho, ocultado em uma fossa em uma residência do município de Pedro II, região norte do Piauí. A perícia fará o trabalho de identificação do corpo e a causa da morte.

A Operação Draco 143 teve o objetivo de cumprir 10 mandados de busca e apreensão em Pedro II, visando desarticular uma organização criminosa envolvida com diversos homicídios e tráfico de drogas. 

SOBRE A INVESTIGAÇÃO

A investigação, iniciada no ano passado, resultou, até o momento, na prisão de duas pessoas no cumprimento dos mandados por envolvimento com organização criminosa. Foram apreendidas armas, grande quantidade de entorpecentes e dinheiro. 

Polícia encontra possível corpo de menor desaparecida em fossa no Piauí - Foto: Divulgação/SSP

Durante a operação, um indivíduo, conhecido apenas como Cachoeira, resistiu à abordagem policial e veio a óbito em confronto. Além disso, outras duas pessoas envolvidas em homicídios na região foram presas.

QUEM É CACHOEIRA

Cachoeira é um indivíduo envolvido com diversos crimes e homicídios no estado do Piauí, especificamente em Pedro II. Ele tem uma extensa ficha criminal no Ceará. Sob ordens do Comando Vermelho, Cachoeira executava indivíduos de facções rivais. Ele se baseava em Pedro II com o apoio de Wanderson, que fornecia drogas e armas de fogo para os crimes.

Cachoeira era um indivíduo violento e frio, isolado em uma casa alugada por Wanderson. Ele saía apenas para cometer execuções de alvos pré-determinados, com base em uma lista de pessoas decretadas pelo Comando Vermelho. Até o momento, foi apurado e confessado por cúmplices que ele esteve envolvido em aproximadamente cinco homicídios de membros de facções rivais.

Na casa, foram apreendidas uma arma de fogo, drogas, dinheiro e balanças para pesar entorpecentes. Ao ser abordado pela polícia, Cachoeira resistiu à prisão, resultando em um confronto no qual veio a óbito. Ele foi encaminhado para o hospital e recebeu os primeiros socorros, mas não resistiu.

Polícia encontra possível corpo de menor desaparecida em fossa no Piauí - Foto: Divulgação/SSP

QUEM É WANDERSON

Segundo a polícia, Wanderson é integrante do Comando Vermelho, tendo sido batizado pela facção. Ele recebia ordens de um dos líderes da facção no Rio de Janeiro e controlava o tráfico de drogas na região de Pedro II, recebendo entorpecentes através do Ceará.

A polícia informou, ainda, que Wanderson dava apoio logístico a comparsas como Cachoeira e Beira-mar, os dois principais executores da facção na região. Ele alugava casas e fornecia armas para a realização dos crimes. Wanderson tinha uma posição de liderança na comunidade, organizando a célula da organização criminal em Pedro II.

Homem é preso durante operação em Pedro II - Foto: Divulgação/SSP

Crime Contra Giovanna Maria de Oliveira: Wanderson, juntamente com Beira-mar, Cachoeira e Pirrolinha, realizou um "tribunal do crime" e executou Giovanna com dois tiros na cabeça. Wanderson confessou ser o autor dos disparos na jovem de 14 anos na data da morte.

SOBRE O CASO GIOVANNA MARIA DE OLIVEIRA

A polícia disse que Wanderson confirmou informações já apuradas na investigação do desaparecimento de Giovanna Maria de Oliveira, de 14 anos, desaparecida desde 22 de julho. Ele revelou que Giovanna foi vítima de um "tribunal do crime" liderado por Cachoeira, Beira-mar e Pirrolinha. 

O corpo de Giovanna foi ocultado em uma fossa na casa de Cachoeira, no bairro Boa Esperança, em Pedro II. O envolvimento de Cachoeira no homicídio de Giovanna foi confirmado pelas investigações do DRACO e pelos depoimentos do cúmplice Wanderson.

QUEM PARTICIPOU DA OPERAÇÃO?

As ações foram realizadas pela Polícia Civil, através do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO). A operação contou com a colaboração da Delegacia de Pedro II, do Batalhão Especializado de Polícia do Interior (BEPI), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), da Polícia Militar, do ROCAM de Teresina, da Guarda Municipal de Pedro II, do Corpo de Bombeiros Militar, do Instituto Médico Legal (IML) e Perícia Criminal

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