Um mototaxista procurou o MeioNews, neste sábado (18), para relatar que, recentemente, internou a cadelinha da família no HVU - Hospital Veterinário Universitário, em Teresina. Embora tenha conseguido pagar os valores iniciais, ele alega que está sendo enganado e que a unidade está cobrando preços excessivos sem o seu consentimento. Conta já chega a quase R$ 2 mil.
O QUE ACONTECEU?
Segundo o mototaxista José de Ribamar Ramos dos Reis, a família levou a cadela Mel Reis, de 4 anos, no dia 16 de maio deste ano para realizar exames simples, pelos quais foram cobrados R$ 122. O diagnóstico revelou um "caroço na virilha" e um "tumor de 6 centímetros".
Informaram ao senhor José de Ribamar que seria necessária uma cirurgia de emergência, ao custo de R$ 470. No entanto, se autorizada, a família teria que pagar a diária de internação via Pix ou boleto, já que o HVU não aceita cartão de crédito.
“Eles disseram que eu tinha que falar com a Diretoria Geral. A moça me cedeu que eu pudesse dar uma entrada quando terminasse a cirurgia e dividir o resto [...] foi o que aconteceu, autorizei, assinei lá o termo, que você não tem tempo de ler”, explicou o mototaxista.
“Quando eles abriram a cachorra, disseram que estava toda infeccionada, criando outra situação da cachorra, problemas e mais problemas. Então, eu não tinha mais como manter essa cachorra lá, mas em nenhum momento deram alta da cachorra e continuaram o procedimento e o valor aumentando”, acrescentou.
FAMÍLIA ALEGA INSENSIBILIDADE
Os dias foram passando, e além dos valores pagos inicialmente, a família também cobriu os custos de alimentação, medicamentos e roupas para a cadela durante a internação, totalizando R$ 1.150,00, conforme relatou o senhor José de Ribamar. “Não sei quanto é que isso vai chegar, não tenho condição [...] a cachorra está urinando em sonda, está se alimentando com sonda”, desabafou.
OUTRO LADO
Nossa reportagem entrou em contato com a assessoria do HVU, que confirmou a proposta do mototaxista em pagar com o cartão de crédito, mas “as formas de pagamento ao hospital são via PIX ou boleto”. Além disso, a unidade afirmou que foi informado “ao tutor uma prévia dos valores a serem cobrados ao final do processo de tratamento, que envolve a cirurgia e internação, e que o valor apresentado poderia ser maior devido aos gastos com medicamentos, materiais e diárias usadas pela paciente”.
Sendo assim, segundo o Hospital, a família “autorizou o processo cirúrgico e, consequentemente, do processo de tratamento e internação de Mel Reis”. O MeioNews questionou sobre a compra da alimentação por parte do senhor José de Ribamar. Em nota, pontuaram:
“A respeito da alimentação, pacientes críticos necessitam de uma alimentação diferente da oferecida pelo hospital, sendo solicitada diretamente ao tutor responsável pelo animal. Tanto a roupa e alimentação específica são solicitados diretamente ao tutor com os breves esclarecimentos da necessidade, sendo um procedimento normal”.
Confira a nota completa!
O Hospital Veterinário Universitário da Universidade Federal do Piauí (HVU-UFPI) vem através dessa nota esclarecer algumas informações a respeito de uma paciente, a cadela Mel Reis, internada em nossa unidade, em Teresina.
A paciente precisou de uma cirurgia de emergência para tratar de uma piometra, informada ao tutor pela direção do hospital. No mesmo dia, o Sr. José de Ribamar Ramos dos Reis, tutor da Mel Reis, foi recebido pela direção do hospital, após solicitação própria, para informar que não tinha condições de arcar com o processo cirúrgico, oferecendo o pagamento via cartão de crédito. Entretanto, as formas de pagamento ao hospital são via PIX ou boleto. Foi informada ao tutor uma prévia dos valores a serem cobrados ao final do processo de tratamento, que envolve a cirurgia e internação, e que o valor apresentado poderia ser maior devido aos gastos com medicamentos, materiais e diárias usadas pela paciente. Vale ressaltar que os valores cobrados no HVU-UFPI são somente para reposição do estoque, sem fins lucrativos.
Apresenta a prévia dos gastos e informação que o valor poderia ser maior, o Sr José de Ribamar Ramos dos Reis autorizou o processo cirúrgico e, consequentemente, do processo de tratamento e internação de Mel Reis, sendo a cadela acompanhada pela médica veterinária responsável pela realização da cirurgia.
Sobre a roupa e alimentação, o HVU-UFPI informa que, após a cirurgia, Mel Reis necessitou de uma roupa pós-cirúrgica, utilizada para evitar machucados ou problemas na região que passou pelo processo. A respeito da alimentação, pacientes críticos necessitam de uma alimentação diferente da oferecida pelo hospital, sendo solicitada diretamente ao tutor responsável pelo animal.
Tanto a roupa e alimentação específica são solicitados diretamente ao tutor com os breves esclarecimentos da necessidade, sendo um procedimento normal.
A equipe do HVU-UFPI ressalta a informação de que a unidade não é um hospital público com atendimentos e procedimentos gratuitos, cobrado a medicação, utensílios utilizados e diárias de internação. Apesar disso, o HVU-UFPI encontra-se com preços bem mais acessíveis que outras clínicas encontradas em Teresina. Os valores cobrados pelo hospital são apenas para a manutenção interna, reposição de materiais e medicamentos, e custeio de necessidades para o pleno funcionamento.
Por fim, reafirmamos que o HVU-UFPI não tem fins lucrativos, estando sempre à disposição da população para melhor atender aos pacientes e tutores que necessitam dos nossos serviços.