Mulher é denunciada após utilizar imagens de cadáveres no IML de Parnaíba

A mulher também é denunciada por filmar criança realizando procedimento em um gato

Mulher é denunciada após utilizar imagens de cadáveres no IML de Parnaíba | Reprodução/Rede Meio Norte
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Uma auxiliar de necrópsia, que trabalha no Instituto de Medicina Legal (IML) da cidade de Parnaíba, litoral do Piauí, está sendo investigada por expor imagens de corpos e também de restos mortais acondicionados em câmara fria, dentro da instituição.

Segundo o repórter Carlos Mesquita, da Rede Meio Norte, em um vídeo, ela chega a afirmar que tem autorização do diretor do posto, para levar alunos para realização de estágio no IML. "Eu tenho uma boa notícia para dar para vocês, eu pedi permissão para estar estagiando os meus ex-alunos, e ele me permitiu, cada plantão meu, trazer dois alunos para estar estagiando", disse a mulher.

O delegado regional de Parnaíba, Williams Pinheiro, disse que o caso trata-se de vilipêndio e que a equipe policial passará a investigar o caso. "Nós temos no código penal o crime de vilipêndio de cadáver e esse vilipêndio tem vários significados, divulgar imagens, depreciar, profanar, então a gente vai entender isso, abrir essa investigação, para chegar ao ponto de saber se essa pessoa era funcionária, se não era, porque isso vai gerar outras implicações, porque a nossa Polícia Civil, através do Instituto de Criminalística, não tem esses padrões de normas, pois, só o médico legista, junto com sua equipe, é que faz as fotos, e essas fotos são colocadas dentro de documentos oficiais, dentro de inquéritos policiais que vão à Justiça, então é necessário o uso da imagem pelo profissional autorizado por lei, a outra coisa é uma pessoa tirar uma foto de um cadáver naquela situação e fazer uma divulgação", disse o delegado.

Outra denúncia, contra a mulher, que ocupa o cargo comissionado de auxiliar de necrópsia em Parnaíba, é de que ela, registrou em vídeo, com uma criança, que seria sua filha, um animal mutilado, onde a criança explica quais órgãos internos existem dentro do animal.

A Ordem dos Advogados do Piauí em Parnaíba, através da Comissão de Proteção e Defesa dos Direitos dos Animais, foi procurada pela reportagem da Rede Meio Norte. O advogado Fabrício Araújo, que preside a comissão, disse que os procedimentos sobre o caso já foram tomados. "O que configura o vídeo, o que o vídeo traz, traz a imagem de um gatinho, na situação que estava, aberto completamente, imagens de órgãos que não foram tocados, foi feito de maneira bem específica, então levando a acreditar, claro, que cabe à polícia investigar, que não seria o primeiro ato que essa moça cometeria, e com o agravante de também estar com o filho, ela até fala que o filho que fez o corte, então, claramente nós temos uma situação que envolve o agravante da criança e nós levamos esse procedimento na segunda-feira anterior, na delegacia de polícia civil, que está tomando as providências relativas ao caso", concluiu o advogado.

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