A vendedora Joana Dark Alencar, 34 anos, que foi esfaqueada na porta do trabalho na manhã de quinta-feira (7), na zona Sul de Teresina, vivia um relacionamento abusivo com Eduardo Alves da Luz e já teria sido violentada outras três vezes pelo suspeito. A informação foi dada pela vítima em depoimento ao repórter Ivan Lima, da Rede Meio Norte.
Joana Dark recebeu alta hospitalar e foi ao Instituto Médico Legal (IML), na noite do mesmo dia do crime, para realizar o exame das lesões. Em frente ao IML, ela relatou que eles se relacionaram por seis meses e que o namoro havia chegado ao fim cerca de 16 dias atrás, em virtude dos ciúmes de Eduardo. Segundo a mulher, ela havia comprado um celular um dia antes de ser atacada pelo homem, que a proibia de ter um aparelho.
“Ele disse [antes da agressão] que tinha visto uma foto minha no Facebook com meu ex-namorado. Eu não usava celular, ele não deixava. Eu consegui comprar um celular ontem à noite", falou a vítima.
Joana Dark alega que a relação que durou seis meses foi marcada pelos ciúmes excessivos de Eduardo, ameaças e agressões. Em um dos ataques, ela alega que ele a atingiu com uma barra de ferro na cabeça.
“Toda vez que ele se zangava, tentava me agredir. Uma vez, largou uma barra de ferro na minha cabeça, desmaiei, mas não denunciei. Toda vez que ele dizia que ia mudar, chorava. Essa última vez que saí de casa, ele me arrastou, puxou meus cabelos, e eu resolvi sair de casa porque não aguentava mais as loucuras dele. Quem me conhece sabe que saio de casa para o trabalho, entrei na igreja para ver se ele melhorava, e tudo era com ele”, falou.
A mulher afirma que o ex criava histórias de que ela estaria vivendo um relacionamento amoroso com um ex-namorado e usava disso para agredi-la e humilhá-la para outras pessoas.
Na semana passada, Joana Dark registrou formalmente denúncia contra o ex e aguardava uma medida protetiva, que só saiu após ela ter sido esfaqueada na quinta-feira (7). Imagens registradas por uma câmera de segurança mostram o suspeito desferindo cerca de 12 facadas contra Joana, que afirma que tentou ficar de cócoras para tentar se salvar.
“Eu estava sentada esperando a loja em que trabalho abrir. Estava conversando com minha filha, perguntando como ela tinha chegado na escola, quando percebi, ele já estava em cima de mim. O que ele me disse foi: ‘eu não te disse?’ Eu fui me defender, fiquei de cócoras, acho que foi por isso que eu não morri”, contou.
A Polícia Civil ainda tenta localizar Eduardo Alves da Luz.
Vídeo do crime