“Não era envolvida com nada, não tinha inimigo”, desabafou Lucirene Jesus, mãe de Aryadina Montenegro, mulher trans, que foi encontrada morta na manhã desta segunda-feira (22), no quintal de uma residência situada no bairro São Joaquim, na zona Norte de Teresina. Com a voz chorosa, ela relatou ao MeioNews.com que não sabe o que poderia ter motivado o crime.
“Era uma pessoa boa. [Aryadina] não era envolvida com nada. [Aryadina] era uma pessoa comunicativa. Tinha um salãozinho em casa, ganhava o meio de vida aqui mesmo. Era assim”, afirmou a mãe.
QUEM ERA ARYADINA?
Aos 23 anos, Aryadina Montenegro trabalhava como cabeleireira, manicure e design de sobrancelha. Em suas redes sociais, ela compartilhava fotos suas e momentos de lazer com famílias e amigos. Além disso, ela publicava em seu perfil profissional os trabalhos desenvolvidos no salão.
“Sempre feliz. Amava nossos rolê. Só nós entendia nossa amizade. Tô destruída por dentro, queria muito ter te dado um abraço, apesar de você não gostar”, escreveu uma amiga da vítima, Gih Costa, ao compartilhar momentos com a vítima em seu Instagram.
Ela chegou a publicar nos Stories que a cabeleireira lhe ligou e enviou mensagens para sair, porém, estava dormindo e não viu as ligações. “Não tinha deixado tu ir para lugar nenhum”, frisou.
O CRIME:
Conversando, se divertindo e aproveitando a tarde de domingo com amigas, assim estava a Aryadina, antes de ter seu corpo encontrado com vários hematomas no rosto, supostamente provocadas por pedradas. Até o momento a suspeita é que ela tenha sido vítima de transfobia. A mãe da profissional afirmou que não sabe quem pode ter cometido o crime.
“Não tenho suspeita nenhuma, nem posso dizer que tenho suspeita. Só a polícia vai poder resolver, a investigação. Eu não tenho como dizer nada. Porque [Aryadina] não era envolvida com nada, [Aryadina] não tinha inimigo. Eu não sei o que aconteceu”, relatou Lucirene Jesus.
VAQUINHA PARA O VELÓRIO
Segundo a mãe, as amigas fizeram uma vaquinha para poder pagar as despesas do funeral de Aryadina. O corpo irá ser velado no espaço da Dea, na avenida Boa Esperança. Saiba como ajudar: