Sandra Pereira dos Santos, mãe de Francisca Poliana Santos da Silva, de 29 anos, assassinada a tiros no bairro Pedra Mole, zona Leste de Teresina, afirmou em entrevista exclusiva à jornalista Mikaela Ramos que não acredita na hipótese de que sua filha tenha sido vítima de um assalto. Poliana foi morta na noite da última segunda-feira (21), enquanto estava como passageira de uma moto por aplicativo.
O QUE SANDRA DISSE
Segundo Sandra, os pertences de Poliana estavam intactos no local do crime, o que a leva a acreditar que o crime foi premeditado. “As pessoas que foram lá, eles não foram para assaltar, porque isso eu tenho que falar que é uma verdade. As coisas dela estavam todas lá, dentro da bolsa do jeito que ela vinha trazendo. Ela caiu lá, mataram ela, foram para matar. Não foi assalto”, declarou Sandra.
A NOITE DO CRIME
De acordo com o 29º Batalhão da Polícia Militar, uma equipe foi acionada após um morador da região ouvir disparos. Ao chegar no local indicado, os policiais encontraram Poliana já no chão. O condutor da moto relatou à polícia que a corrida foi iniciada na Praça da Bandeira, no Centro, e tinha como destino o bairro Pedra Mole. Durante o trajeto, nas proximidades da Vila do Avião, ela foi assassinada com pelo menos cinco tiros.
Sandra Pereira descreveu os últimos momentos da filha com base no relato do motociclista. “Ela saiu do trabalho, pegou um moto Uber e estava voltando para casa. Quando estava chegando perto de casa, abordaram eles em um carro. O motociclista disse que pararam eles e pediram apenas por ela. Quando ela desceu da moto, eles afastaram e atiraram. Mataram ela sem defesa, sem motivo algum", expressou.
Francisca Poliana foi morta a tiros na zona Leste de Teresina (Foto: Reprodução)
A mãe de Poliana frisou que sua filha não tinha envolvimento com atividades ilícitas e que cuidava muito bem dos seus dois filhos pequenos. “Poliana não era envolvida com nada. Ela era do serviço para casa, cuidava dos filhos dela muito bem. Ela era meu mundo. Ela vivia mais na minha casa do que na dela, mesmo morando com o homem que estava há dois anos. Ela era minha companheira, minha amiga, uma mãe de família exemplar", contou.
BUSCA POR JUSTIÇA
A perda de Poliana devastou a família, que contava com o apoio da vítima nas atividades em casa. “Receber essa notícia foi como acabar com a minha vida. Está tudo destruído. Eu não sei como vai ser daqui para frente. Ela era minha filha, meu mundo. Eu contava com ela para tudo”, disse Sandra emocionada. “Se eu precisava de algo, ela nunca negava. Fazia tudo para me ajudar.”
Sandra fez um apelo por justiça: “Ela era jovem, bonita, cheia de vida. Eu queria que a justiça fizesse algo, porque minha filha foi morta por nada. Ela não devia nada a ninguém. Só a Deus, se cometeu algum pecado. Eles tiraram cinco tiros de muito perto e eu tive que ir lá, ver minha filha estendida no chão. É uma cena que eu não desejo a ninguém", finalizou.