O noivo da piauiense Francisca Marcela Ribeiro, morta em uma troca de tiros entre um policial militar de folga e assaltantes em um posto de combustível em São Paulo, deu detalhes do crime. Wilker Michel acredita que os disparos saíram do agente, que “virou, mirou e atirou” contra o casal após a fuga da quadrilha. O caso aconteceu na manhã de domingo (6).
O QUE ACONTECEU?
Em depoimento à Polícia Civil, o PM contou que estava abastecendo quando ouviu a quadrilha anunciando o assalto. Segundo o agente, foram 10 criminosos em 5 motocicletas. Ele acreditou que o assalto seria ao posto e, quando viu os suspeitos armados, com roupas escuras e de capacetes, decidiu se aproximar.
Rendido com uma arma na cabeça, Wilker Michel relatou que quando o PM se aproximou da quadrilha, ainda pediu para que o agente não reagisse, o que não aconteceu. Houve troca de tiros e, após a quadrilha fugir, o policial militar teria olhado para o casal e atirado.
“O policial deu alguns passos, pegou a visão do bandido correndo, e depois abriu dois disparos. Só que ele olhou para gente, fez o movimento de girar, correu um pouquinho, se posicionou, mirou em mim e deu um disparo, que passou por cima da minha cabeça, e deu um disparo na direção dela (da piauiense). E aí eu lembro de acordar e falar: ‘para, para, é minha esposa’”, contou Wilker Michel à TV Globo.
“AMOR, TOMEI UM TIRO”
O noivo de Francisca Marcela acrescentou que ouviu a mulher dizendo ao comunicador que ficava no capacete: “Amor, tomei um tiro”. A piauiense foi baleada nas costas, socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo dela foi trazido para Lagoinha, zona Rural do município de Sigefredo Pacheco (PI), nesta terça-feira (8).
“Eu gritei ‘cara, porque você fez isso’, aí ele olhou para mim sem nenhuma expressão de dor, de arrependimento, frio, e ele só desviou o olhar e, em nenhum momento, veio olhar para o rosto dela, nem pediu desculpas”, acrescentou.
ONDE ESTÃO OS ENVOLVIDOS?
Baleados, os suspeitos procuraram um hospital, onde foram presos em flagrante. A dupla foi identificada como Pedro Henrique de Oliveira da Silva, 20, e Gustavo Pereira Bortolotti, 22. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de São Paulo.