Nesta quarta-feira (09), foi deflagrada Operação Jogo Sujo II, em continuidade a primeira ação da Secretaria de Segurança Pública. As investigações ocorreram ao logo de seis meses. Ao todo, sete pessoas, dentre elas influenciadores, permanecem presas suspeitas de estelionato, jogo de azar, induzir consumidor a erro, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
COMO OS INFLUENCERS SE ENVOLVEM?
O delegado Alison Landim explicou haver uma espécie de agenciador, onde ele entra em contato com os influenciadores e oferecem as condições para divulgação. “Como se fosse mesmo algum tipo de marca”, afirmou. Diante disto, os blogueiros anunciam os jogos nas redes sociais. A autoridade ainda alertou para os vídeos de falsos ganhadores.
“Acabamos descobrindo que muitas dessas plataformas são utilizados um estelionato, sejam falsos vídeos de ganhadores, sejam emulações de plataforma, que ainda vão ser verificados, o próprio jogo de azar. Como foi explicado na Jogo Sujo I, o dinheiro que decorre da atividade legal, geralmente o criminoso, ele tenta lavar, dar um ar de legitimidade para ele, que acaba caindo na lavagem de dinheiro”, explicou o delegado.
“você não sabe quem que tá analisando essa plataforma”
O coordenador da Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI), delegado Humberto Mácula, frisou que embora as práticas sejam comuns aos olhos da população, ela é ilegal e prejudica inúmeras famílias.
“Colocando pessoas em situações de desespero, onde muitos chegam a vender seus bens para continuar jogando. Sendo assim, podemos considerar como uma ação extremamente prejudicial à população do Piauí. A DRCI alerta para que as pessoas evitem essas plataformas, que não são regulamentadas nem auditadas. Você não sabe quem que tá analisando essa plataforma”, pontuou o coordenador.
POLICIAIS MILITARES COMO ALVO
Além dos influenciadores, o coordenador da DRCI ainda destacou que, durante as buscas e apreensões realizadas na residência de dois policiais militares do estado do Piauí, o cabo Jairo e o sargento Mota. O cabo estava em posse do aparelho roubado sendo conduzido à sede da Secretaria de Segurança Pública onde foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), no entanto ele já foi liberado.