A Polícia Civil do Piauí encerrou a Operação Parasitas com a prisão de 23 membros de uma associação criminosa especializada em um esquema de fraudes corporativas que causou prejuízos de R$ 3 milhões contra empresas no Piauí, Maranhão e Rio Grande do Norte.
COMO FUNCIONAVAM AS FRAUDES?
De acordo com a Polícia Civil do Piauí, as investigações tiveram início em 2021 e no decorrer do inquérito policial ficou claro que funcionários de um grupo empresarial se uniram a fornecedores de peças e funcionários de serviços de manutenção de veículos para emitir notas fiscais frias e superfaturadas, causando prejuízos a empresas detentoras de grande frota de veículos. Os criminosos usavam de estratégias para fraudar as notas fiscais e após o processo, as notas eram encaminhadas para os funcionários envolvidos no esquema, que processavam no setor de pagamentos como se fossem legítimas.
Três maneiras de fraudes:
- Cobrar sobrepreço nas mercadorias que vendiam para as empresas vítimas;
- Criar notas falsas de serviços que nunca existiram;
- Desviar peças do estoque das empresas vítimas.
Qual o perfil dos criminosos?
- Funcionários do grupo empresarial (engrenagem chave para o esquema);
- Proprietários de CNPJs que superfaturavam preços e emitiam notas frias;
- Proprietários de CNPJs que sequer existiam (empresas laranjas).
OPERAÇÃO PARASITAS:
Ao todo, 25 empresas tiveram as atividades suspensas, sendo que 10 tinham existência apenas fictícia. Os mandados de prisão temporária foram cumpridos em endereços residenciais e comerciais em Teresina (PI), Alto Longá (PI), Timon (MA) e Jucurutu (RN).
Investigações adicionais sugerem que esta organização criminosa pode ter lesado outras empresas, indicando um padrão de comportamento fraudulento que se estende além do caso inicialmente identificado.
Para assegurar a eficácia da operação e a recuperação dos ativos financeiros, foi determinado judicialmente o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens, incluindo veículos automotores dos investigados ou das pessoas jurídicas implicadas. Essas medidas visam impedir a dissipação de patrimônio e garantir a reparação dos danos causados pela atividade ilícita.