Piauí tem 2 heroínas no livro Rainhas - Retratos da Cultura Brasileira

No livro, Maria da Inglaterra é apresentada como a Rainha das canções do Piauí e Maria Pangula é apresentada como a Rainha do Repente.

Maria da Inglaterra está em publicação | Divulgação
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As piauienses Maria Luiza dos Santos Silva, conhecida como Maria da Inglaterra, e Maria Assunção do Senhor, conhecida como Maria Pangula, estão incluídas no Projeto "Monarquia Popular Brasileira (MPB)", idealizado e estruturado por Ju Millan. Trata-se de um novo capítulo da cultura brasileira que resultou no lançamento da primeira publicação: "Rainhas - Retratos da Cultura Brasileira", que será lançado no dia 6 de novembro, em São Paulo.

O livro é uma homenagem a figuras notáveis cujas trajetórias desempenharam um papel fundamental na construção de um Brasil diversificado e multifacetado. No livro, Maria da Inglaterra é apresentada como a Rainha das canções do Piauí e Maria Pangula é apresentada como a Rainha do Repente. Elas aparecem no livro ao lado de Inezita Barroso, Ivone Lara, dentre outros nomes.

Maria da Inglaterra está no projeto

A escolha de utilizar a fotografia como meio principal de apresentação convida o público a se conectar não apenas com as histórias narradas, mas também com a riqueza da diversidade do povo brasileiro. Esta obra é, portanto, uma inspiração e um apelo para que continuemos a valorizar e preservar os caminhos e tradições delineados por essas rainhas.

Este projeto não se limita a um mero lançamento de um livro. Ele demonstra seu compromisso com a educação, destinando a maioria das cópias para cerca de cem escolas públicas no interior de São Paulo. Dezesseis municípios na região metropolitana de Campinas serão contemplados, com o intuito de enriquecer o conhecimento dos 20 mil alunos do ensino médio sobre as raízes da cultura brasileira.

Maria Pangula, Rainha do Repente

Com um prefácio assinado pelo renomado escritor, professor, historiador e compositor brasileiro, Luiz Antônio Simas, o projeto foi realizado ao longo de três anos, graças ao apoio do Programa de Ação Cultural de São Paulo (Proac). A semente dessa ideia, no entanto, foi plantada na mente curiosa da curadora Ju Millan desde a infância. Ela sempre se questionava sobre as placas e locais que proclamavam "rei disso" e "rainha daquilo", e sua pesquisa se tornou a resposta a essa curiosidade.

O envolvimento das próprias rainhas e de seus familiares na criação deste livro foi recebido com entusiasmo e emoção. Como Ju Millan afirma, "É um privilégio poder homenagear e compartilhar um pouco da trajetória destas personalidades incríveis que escrevem a nossa história e preservam a cultura e identidade brasileira".

O processo de pesquisa abrangeu inúmeras cidades por todo o Brasil, incluindo ligações para centros de cultura e trocas de mensagens. O resultado é uma obra que apresenta uma foto colorida e um breve perfil de cada rainha. Personalidades notáveis como Ivone Lara, a rainha do Samba, Dona Dainda, Rainha Kalunga, além de outras que agora ganham destaque nacional, como Pokket Nery, Rainha do Samba Junino, e Efigênia Rolim, a Rainha do Papel de Bala, compõem um rico documento sobre o papel das mulheres no cenário cultural brasileiro. No entanto, Ju Millan observa que esta primeira edição está longe de abranger todas as rainhas e figuras notáveis que fazem parte da realeza brasileira.

O projeto MPB também inclui a produção de oito minidocumentários sobre a realeza de São Paulo, homenageando figuras como Padre Júlio Lancelotti - o Rei das Ruas, Gilson Rodrigues - Rei de Paraisópolis, Débora Garofalo - Rainha da Robótica, e Elinéia Jesus - Rainha da Reciclagem. Após o lançamento de "Rainhas do Brasil", a Monarquia Popular Brasileira planeja lançar mais dois impressos: "Os Reis do Brasil" e "Castelos: Arquitetura Popular Brasileira", com a visão de compor um conjunto de três publicações em um box da MPB.

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