Um estelionatário piauiense aplicou um golpe de R$ 200 mil no ex-técnico do Flamengo, Tite. O crime ocorreu por meio da falsificação dos dados bancários para fazer empréstimos usando o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) da vítima. A informação foi dada com exclusividade pelo jornalista Denis Constantino, do Grupo Meio de Comunicação, e confirmada pela Caixa Econômica Federal.
A ação criminosa foi identificada pelo monitoramento do próprio banco, em atendimento realizado na agência. Após constatado o indício de fraude, a instituição adotou as providências internas para reparação, e as informações foram encaminhadas à Polícia Federal para investigação, conforme consta em nota enviada pela Caixa Econômica. (Veja a nota completa abaixo).
A modalidade desse golpe é conhecida pela polícia, por ter vitimado vários ídolos do futebol brasileiro, em um esquema envolvendo empresários do ramo, bancários, advogados e até ex-jogadores, segundo apurado pelo Meio News. Entre as vítimas estão Paolo Guerrero, Ramires, Elano, João Rojas, Maikon Leite, Christian Cueva.
Como o golpe funciona
A quadrilha age da seguinte maneira:
- Primeiro, eles buscam atletas, técnicos, e ex-técnicos, recém desligados de clubes.
- Depois, com assinaturas e documentos falsos, acessam o fundo da Caixa Ecônomia e abrem a conta em outros bancos.
- Por último, movimentam o dinheiro desviado para contas de laranjas.
O QUE DIZ A CAIXA
A Caixa Econômica Federal esclareceu que será feita a reparação ao Tite e que a Polícia Federal investiga o crime. Confira a nota completa abaixo.
"A CAIXA informa que a ação suspeita foi identificada pelo monitoramento do próprio banco, em atendimento realizado na agência. Constatado o indício de fraude, a instituição adotou todas as providências internas para reparação, e as informações foram encaminhadas à Polícia Federal para investigação.
O banco ressalta que dados sobre ocorrências de eventos criminosos em suas unidades são consideradas sigilosas, e repassadas exclusivamente às autoridades competentes.
A CAIXA destaca que melhora constantemente os critérios de segurança, observando as melhores práticas de mercado e as evoluções necessárias ao observar a ocorrência de fraudes.
Em caso de movimentação e operações de FGTS não reconhecida pelo cliente, é possível realizar pedido de contestação em uma das agências do banco, portando CPF e documento de identificação. As contestações são analisadas, de forma individualizada e considerando os detalhes de cada caso e, para os casos considerados procedentes, o valor é ressarcido ao cliente.
A CAIXA disponibiliza ainda orientações de segurança em seu portal da internet www.caixa.gov.br/seguranca, onde o cliente pode pesquisar as principais dicas e orientações de segurança com relação a diversos assuntos relacionados à atividade bancária, entre elas como resguardar senhas e se proteger contra fraudes e golpes".