Piauienses presas com drogas no estômago têm liberdade provisória concedida

As duas irmãs foram presas no último domingo, no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) tentando embarcar para Paris com cocaína no estômago

Irmãs foram presas em São Paulo, tentando viajar para Paris com drogas no estômago | Reprodução
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As duas mulheres piauienses presas, no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), no dia 28 de maio, ao tentarem embarcar para Paris com cocaína no estômago tiveram liberdade provisória concedida pela Justiça Federal. As duas irmãs, Ingrid da Silva Castro, 23 anos, e Agatha da Silva Castro, 24 anos, foram presas no último domingo, com aproximadamente 80 cápsulas de cocaína armazenadas dentro do estômago. 

O juiz federal substituto Alexey Süüsmann Pere, da 2ª Vara Federal de Guarulhos, proferiu a decisão favorável às piauienses, além da comprovação nos autos de que Agatha Castro tem duas filhas menores de 12 anos. Durante a audiência de custódia, o juiz condicionou a liberdade das duas ao pagamento de um salário mínimo, para cada uma, além de outras medidas cautelares, entre elas, não deixar o país enquanto durar o processo, com retenção de seus passaportes e de se ausentarem de suas residências por mais de oito dias sem autorização da Justiça, entre outros.

Após serem presas, as duas foram levadas para o hospital mais próximo para serem realizados exames de tomografia, pois as drogas no estômago traz risco para muitas pessoas. Elas receberam alta na segunda-feira (29), após terem expelido toda a droga do corpo.  O entorpecente foi identificado por meio de exames de imagem. Ingrid da Silva Castro e Agatha da Silva Castro residem no Parque Progresso II, conjunto Renascença, localizado na zona sudeste de Teresina.

Na última terça-feira (30), o juiz federal substituto Alexey Süüsmann Pere, converteu para preventiva a prisão das irmãs. Na decisão, o magistrado enfatizou que a prisão se impõe por “conveniência da instrução criminal, para permitir, ao seu final, a aplicação da lei penal'. Ele acrescentou que as duas irmãs, que são naturais de Teresina,  tinham 'contato com grupo criminoso no exterior que poderia acolhê-las, sendo evidente o perigo de evasão caso fossem colocadas em liberdade”. 

Alexey Süüsmann Pere também requisitou às Justiças Federal e Estadual de São Paulo e de Teresina, além da Interpol, por meio eletrônico, as informações sobre registros criminais em nome das irmãs Os passaportes delas serão confiscados e celulares serão apreendidos para perícia.  

Delegado dá mais detalhes sobre o caso

Em entrevista ao programa Bom Dia Meio Norte, nesta terça-feira (30), o delegado Anchieta Nery, do setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Piauí, contou detalhes sobre o caso. Foi relatado a conexão forte de traficantes de drogas de Teresina com o mercado europeu, mercado esse, que paga um valor mais alto pela cocaína, por ser um território mais restrito e que o transporte do entorpecente pode ser feito de várias maneiras, uma delas, com o recrutamento de 'mulas'.

"Isso demonstra uma conexão, de traficantes de drogas aqui de Teresina com o mercado europeu, que é um mercado mais restrito e que paga um valor mais alto pela cocaína, que é uma das drogas mais caras que a gente tem e o transporte pode ser feito de várias maneiras e uma delas é o recrutamento de 'mulas', que aceitam levar essa droga dentro do próprio corpo", afirmou Nery.

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