PM que matou policial civil em Parnaíba estava na corporação há 8 anos

As armas dos policiais foram apreendidas.

PM que matou policial civil em Parnaíba estava na corporação há 8 anos. | Reprodução
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Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (13), o delegado da polícia Civil do Piauí, Célio Benício, juntamente com subcomandante geral da Polícia Militar, Coronel Costa Lima, informaram que o policial militar suspeito de assassinar a tiros o agente de Polícia Civil Alexsandro Cavalcante Ferreira, de 45 anos, se apresentou na Central de Flagrantes da cidade de Parnaíba para prestar depoimento. Segundo o subcomandante geral, o suspeito entrou na polícia há 8 anos, em 2015.

"Após a ocasião, o policial militar já estaria em contato com o seu comando, e ia se apresentar junto a Polícia Civil para os procedimentos de praxe. De fato essa apresentação ocorreu. Registra-se que a Polícia Civil, desde que fora informada, está em diligências ininterruptas para a identificação, localização e esclarecimento do que se deu. Qualquer tipo de conclusão agora a gente antecipa que é precipitada”, disse o delegado e diretor de Polícia do Interior, Célio Benício. 

Delegado Célio Benício, juntamente com subcomandante geral da Polícia Militar, Coronel Costa Lima./ Foto: Reprodução

Conforme o delegado, o policial militar, cuja a identidade não foi revelada, se encontra na Central de Flagrantes e até o momento o procedimento ainda não foi concluído, ou seja, não há informações sobre o depoimento prestado pelo suspeito. Sobre a dinâmica do fato, Célio Benício reforçou que a equipe da Divisão de Homicídios de Parnaíba está nas ruas para esclarecer. A autoridade ainda comunicou que as armas dos policiais foram apreendidas. 

"Inicialmente verificou-se que a arma do policial havia sido levada. Tendo em vista isto se cogitou a possibilidade de um latrocínio. Porém a arma já foi encontrada e está na Central de Flagrantes de Parnaíba. Juntamente com a do policial militar, as duas armas estão apreendidas. No prazo de conclusão do inquérito isso vai ser devidamente esclarecido”, frisou o diretor de polícia do Interior. 

Durante a coletiva, o subcomandante geral da Polícia Militar, Coronel Costa Lima, também expressou sua tristeza diante da fatalidade, mas reafirmou o compromisso com a Polícia Civil. “Embora tenha sido com dois policiais, da polícia civil e da militar, nada vai abalar a nossa relação. Os trabalhos que nós temos feito, especialmente em Parnaíba, mas a gente fica muito triste”, disse. 

Coronel Costa Lima ressaltou que a invetigação irá esclarecer o fato./ Foto: Reprodução

Ao coronel, o comandante do policial militar informou que o mesmo é um bom agente e que não tinha “dado trabalho”. Segundo o subcomandante geral, o suspeito entrou na polícia há 8 anos, em 2015. Ele ainda afirmou que as autoridades estão trabalhando juntamente com a corregedoria para definir como será feito o processo administrativo disciplinar, onde o suspeito irá responder, dado seu direito de defesa e se o conselho decidir que o mesmo não tem condições de permanecer na Polícia Militar após esse evento, ele será excluído da corporação. 

"Conversei com o comandante dele, ele não tem nada que desabone a sua conduta. O que a gente entende é que foi algo entre ambos. Como disse o delegado, vai ser apurado, e por fim podemos ter o fato esclarecido ", ressaltou o subcomandante geral da Polícia Militar, Coronel Costa Lima. 

De acordo com as investigações, o crime aconteceu por volta de meia noite desta terça-feira (12), mas o corpo da vítima só foi encontrado nas primeiras horas da manhã por populares que acionaram a polícia que, prontamente, efetuou diligências. Segundo o delegado, Célio Benício foram efetuados pelo menos três disparos contra Alexsandro Cavalcante Ferreira. A Polícia Civil do Piauí reafirmou que dentro do prazo de conclusão do inquérito policial tudo será devidamente esclarecido. 

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