As investigações da Polícia Civil do Piauí sobre o assassinato do pastor e empresário Antônio Francisco dos Santos Sousa revelaram que o crime foi um latrocínio premeditado e orquestrado por oito envolvidos.
Segundo o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) do Piauí, os envolvidos cometeram o assassinato para encobrir o furto de R$ 90 mil da conta da vítima para uma conta criada por eles, no dia 1º de abril, na zona leste de Teresina. O pastor foi visto pela última vez com vida no prostíbulo Balde Azul, onde consumiu bebidas alcoólicas e manteve relações sexuais com garotas de programa.
"O crime foi friamente premeditado. O pastor foi desacordado com bebidas ou substâncias entorpecentes. Eles [os acusados] tiveram acesso a senha da vítima, efetuaram a transferência e como é um valor elevado, eles mataram a vítima para encobrir o roubo. Eles colocaram o carro do pastor dentro do estabelecimento, botaram ele dentro e levaram até o matagal onde a Kalina esfaqueou ele até a morte", narrou o delegado Divanilson Sena.
PRISÕES PELO LATROCÍNIO
Quatro pessoas já foram presas sob acusação do latrocínio do pastor. As primeiras prisões ocorreram no dia 24 de abril, quando foram presas preventivamente as donas do prostíbulo, identificadas como Kalina Sampaio e Maria Pereira. Elas são acusadas de planejar e executar o crime.
QUAL A PARTICIPAÇÃO DE CADA UM?
- Kalina Sampaio: planejou o crime, comprou luvas usadas para não deixar vestígios e esfaqueou a vítima até a morte.
- Maria Pereira: planejou o latrocínio, fez uma transferência de R$ 5 mil para o pai de santo dela.
- Duas prostitutas: mantiveram relações sexuais com o pastor, entorpeceram ele e o deixaram desacordado e realizaram a transferência de R$ 90 mil.
- Dois namorados das prostitutas: ajudaram a colocar o pastor dentro do carro e realizaram o transporte dele até o local do crime.
- Pai de santo, Anderson Luz da Silva: recebeu R$ 5 mil da conta do pastor e encobriu o crime.
- Faxineira do prostíbulo, Francisca Cleia da Silva: testemunhou parte do crime e se omitiu de denunciar para a polícia.
INVESTIGAÇÕES E MAIS PRISÕES
Ainda conforme o delegado Divanilson Sena, restam prender as duas prostitutas e os namorados delas, que são considerados foragidos da polícia e devem ser presos por latrocínio.
"A gente espera prendê-los nas próximas horas. Essas pessoas estão envolvidas diretamente no crime. Existem as garotas de programa que foram para o quarto com a vítima e existem os que ajudaram no transporte da vítima até onde foi morta", frisou a autoridade policial.