O início desta quarta-feira (25) foi marcado pela solidariedade dos telespectadores da TV Meio. Em apenas 15 minutos, o programa Piauí, Bom Dia, apresentado pelo jornalista Ieldyson Vasconcelos, arrecadou R$ 8.200 para a manicure Kelliane Pereira dos Santos, de 27 anos. A atração matinal da emissora também garantiu doações de cadeiras de rodas e de banho para a jovem.
Kelliane recebeu alta do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) na terça-feira (24), 17 dias após ser atingida por um avião de pequeno porte do médico Jacinto Lay, que caiu na BR-316, em Teresina. Agora, ela continuará sua recuperação em casa.
O que aconteceu
Após um pedido de ajuda comovente feito pela mãe de Kelliane, Ana Pereira, que relatou as dificuldades financeiras da família, os telespectadores manifestaram a vontade de ajudar a jovem a enfrentar esse período com um pouco mais de conforto.
A produção do programa Piauí, Bom Dia disponibilizou uma chave PIX e pediu doações para que Kelliane possa recuperar os movimentos após quase 20 dias internada em estado grave. Em uma resposta emocionante, o público de casa contribuiu com mais de 8 mil reais e também atendeu às demais necessidades da família, como cadeira de rodas, cadeira de banho, advogados e apoio fisioterapêutico.
Internação
Kelliane foi internada em estado gravíssimo no dia 8 de setembro. Ela passou 9 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e depois foi levada para a enfermaria do hospital. Ontem (24), ela recebeu alta hospitalar, mas ainda não consegue caminhar e precisa de cuidados para se alimentar e tomar banho.
Dificuldades em casa
"É de partir o coração ver uma filha tão ativa, responsável, cheia de vida, se encontrar nessas condições", completou Ana. "Não dormimos essa noite, porque ela sente muita dor nas pernas. Toda hora quer ir ao banheiro, mas não consegue. Precisamos fazer massagem nos pés constantemente. Ela quer se levantar, mas não consegue", relatou a mãe, emocionada.
Vida antes do acidente
Antes do acidente, a manicure ajudava sua família nas atividades diárias, e sem ela, tudo ficou mais difícil. "Ela era muito responsável e ativa. Educada, gostava de ir à igreja e fazia tudo em casa. Às vezes, eu estava doente, e ela cuidava de tudo. Era dedicada até na academia", disse a mãe, relembrando o cotidiano de Kelliane antes do acidente.
"Foram tempos difíceis para a família. Meus filhos pequenos foram para a zona Norte de Teresina, onde uma pessoa cuidava deles, e perderam muitos dias de aula. Meus outros filhos, de 17 anos, e um de 23, que tem esquizofrenia, ficaram em casa. Orei muito a Deus enquanto minha filha estava na UTI", contou Ana, que precisou abdicar do trabalho e de outras atividades para cuidar da filha.
Falta de apoio durante o período difícil
A família relatou que não recebeu apoio suficiente ao longo desse período desafiador. A mãe de Kelliane agradeceu: "Agradeço à imprensa, ao povo, aos enfermeiros e maqueiros do HUT que nos ajudaram."