Na manhã desta quarta-feira (11), a Polícia Federal deflagrou a operação 'Cherut', que investiga um grupo acusado de extorquir um gerente da Caixa Econômica Federal em Teresina. Um dos alvos foi o empresário e candidato a vereador da capital Luiz Allan Rodrigues de Sousa. Foram cumpridos também dois mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária em São Paulo (SP).
QUEM É LUIZ ALLAN?
- O investigado é candidato a vereador de Teresina (PI) pelo partido AGIR;
- O candidato declarou ao TSE - Tribunal Superior Eleitoral ser solteiro e tem o superior completo;
- Foi cumprido mandado de busca e apreensão em seu endereço, onde arquivos de mídias foram apreendidos;
- Luiz Allan, de 39 anos, era um dos cabeças da organização criminosa e não foi preso.
O QUE DIZ A POLÍCIA?
As investigações começaram há três dias quando a Caixa Econômica Federal informou que um dos gerentes da agência estava sendo extorquido. O esquema criminosos ainda conseguiu faturar mais de R$ 3 milhões no Giro CAIXA, modalidade de linha de crédito destinada a empresas de todos os portes que desejam aumentar seu capital.
COMO FUNCIONAVA O GOLPE?
Até o momento, foram identificadas 35 pessoas jurídicas. Os criminosos cooptavam pessoas (laranjas), que criavam empresas de fachada e, sob ameaça do chefe do grupo criminoso, o gerente liberava empréstimos para essas empresas.
"O acesso desse grupo ao gerente, foi por um conhecido do gerente e esse conhecido acabou se envolvendo com esse grupo criminoso. Essa pessoa que se envolveu com o gerente foi presa lá em São Paulo e o grupo, com acesso ao gerente começou a mandar mensagens com extorsão, buscando vários empréstimos, e ele se via obrigado, pois os criminosos ameaçavam a esposa, os filhos e sabiam a rotina do gerente", explicou o delegado da PF, Marco Antônio Nunes.
QUEM FOI PRESO?
Duas pessoas foram presas em São Paulo. Na última segunda-feira (9), uma mulher foi detida em flagrante em Teresina ao tentar obter empréstimo em uma agência da Caixa para uma empresa real, mas utilizando dados financeiros e contábeis fraudados.
Os investigados podem ser responsabilizados, além do crime de extorsão, por falsificação de documentos, estelionato, e outros que sejam identificados no decorrer da investigação policial.