O governador Rafael Fonteles se reuniu na manhã desta segunda-feira (31), com mais de 400 mulheres trabalhadoras rurais piauienses, no Centro de Formação da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Piauí (Fetag-PI). Na ocasião, ele recebeu a pauta de reivindicações da Marcha das Margaridas e uma placa em agradecimento ao seu comprometimento e apoio ao movimento.
Com a previsão de receber mais de 100 mil mulheres em sua 7ª edição, em Brasília (DF), entre os dias 15 e 16 de agosto, a Marcha das Margaridas é reconhecida como a maior ação política de mulheres da América Latina, destacando o protagonismo das mulheres do campo, da floresta e das águas. Neste ano, o lema da marcha é “Pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver”.
As reivindicações encaminhadas ao governador e também entregues ao Governo Federal estão organizadas em 13 eixos temáticos. São eles: democracia participativa e soberania popular; poder e participação política das mulheres; combate à violência, ao sexismo e ao racismo; autonomia e liberdade das mulheres sobre o seu corpo e a sua sexualidade; proteção da natureza com justiça ambiental e climática; autodeterminação dos povos, com soberania alimentar, hídrica e energética; democratização do acesso à terra e garantia dos direitos territoriais e dos maretórios; direito de acesso e uso da biodiversidade e defesa dos bens comuns; vida saudável com agroecologia e segurança alimentar e nutricional; autonomia econômica, inclusão produtiva, trabalho e renda; saúde, previdência e assistência social pública, universal e solidária; educação pública não sexista e antirracista e direito à educação no campo; e universalização do acesso à internet e inclusão digital.
Fonteles destacou o movimento e a sua importância na implementação de políticas públicas voltadas às mulheres. “O nosso programa de governo é sintonizado com esse movimento. Essas trabalhadoras participaram, inclusive, da elaboração do nosso plano de governo. Então, o nosso trabalho, agora, é agir para implementar essas políticas rapidamente, especialmente no que diz respeito ao trabalho, emprego e renda, saúde, educação e ao combate à violência contra as mulheres”, disse.
Segundo o chefe do Executivo estadual, uma das formas de combater a violência contra as mulheres é investir para que elas conquistem a sua independência financeira. “A partir do momento em que elas se tornarem cada vez mais independentes, os índices de violência diminuirão. Sabendo disso, estamos trabalhando e priorizando para que tenham acesso ao empreendedorismo feminino, seja no campo ou na cidade e a políticas de créditos e tecnologias”, complementou.