Na tarde desta terça-feira (7), a Polícia Civil do Piauí fez a reconstituição da morte do sargento da Polícia Militar do Piauí, João de Deus, de 67 anos. Uma briga por causa de um estacionamento entre a vítima e o policial militar do Maranhão, Raimundo Linhares da Silva, ocasionou o crime. O exame pericial é o último passo “para que a dinâmica dos fatos sejam totalmente esclarecidos”, segundo o delegado Danúbio Dias.
“O policial investigado apresentou uma versão que, no decorrer das investigações feitas, se mostrou um pouco contraditória com os outros elementos de provas que foram colhidos. E o objetivo dessa perícia é justamente tentar verificar se a versão apresentada pelo policial tem ou não fundamento, se ela é ou não plausível. Porque a depender do resultado dessa perícia, as investigações, a conclusão a que se dá a investigação pode ser uma ou outra, a depender do resultado do lado pericial”, explicou o delegado Danúbio Dias, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa - DHPP de Teresina.
O QUE ACONTECEU?
Conforme depoimentos, no dia 5 de novembro de 2024, Raimundo teria estacionado o carro de uma forma que impedia o acesso do sargento ao portão de casa. Por sua vez, o suspeito afirmou que a vítima teria batido em seu veículo, ocorrendo uma discussão e a troca de tiros, na zona Sul de Teresina.
O policial militar do Maranhão se apresentou à polícia dias depois, e disse que disparou em legítima defesa. Tanto a arma de fogo dele quanto da vítima foram apreendidas. O sargento João de Deus foi socorrido, mas morreu no dia 11 de novembro no Hospital de Urgência de Teresina.
“O que estamos tentando fazer aqui é mais um entendimento fáctico, entendimento de dinâmica mesmo. Estamos tentando verificar quantos disparos foram efetuados, as direções de disparos, a posição dos dois policiais envolvidos, onde estava cada um. Tudo isso ajudará a definir com mais segurança a dinâmica fáctica.