Por ocasião do Dia Internacional da Mulher (08/03), o IBGE divulgou o estudo “Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”. Essa publicação trienal, desde 2018, tem por objetivo trazer uma sistematização de informações fundamentais para análise das condições de vida das mulheres no país, com aspectos envolvendo mercado de trabalho, saúde, educação, participação na vida pública e direitos humanos.
MERCADO DE TRABALHO PIAUIENSE: O estudo do IBGE, baseado na PNAD Contínua, revelou que em 2022, a taxa de desemprego total no Piauí foi de 10%. Por gênero, a taxa foi de 8,7% para homens e 11,9% para mulheres, cerca de 37% superior à dos homens. A taxa de desemprego das mulheres no Piauí foi semelhante à média nacional (11,8%) e abaixo da média do Nordeste (15,9%). No contexto regional, as mulheres do Piauí apresentaram a segunda menor taxa de desemprego, superada apenas pelo Ceará, com 10,1%.
PERÍODO DE 2012 A 2022: No período de 2012 a 2022, a taxa de desocupação das mulheres geralmente foi mais alta do que a dos homens, exceto em 2016, quando as mulheres tiveram uma taxa ligeiramente menor. A maior taxa de desocupação para mulheres ocorreu em 2020 durante a pandemia da Covid-19, atingindo 15,4%, enquanto para os homens foi de 14%. Em contrapartida, a menor taxa de desocupação para mulheres foi em 2012, com 6,5%, e para homens foi de 5,6%.
TAXA QUANTO À COR OU RAÇA: Em 2022, no Piauí, a taxa de desocupação entre mulheres pretas ou pardas foi de 13%, enquanto entre mulheres brancas foi de 8,5%, uma diferença de 4,5 pontos percentuais. Já no Brasil, as mulheres pretas ou pardas apresentaram uma taxa de desocupação de 14%, enquanto as mulheres brancas registraram 9,2%, uma diferença de 4,8 pontos percentuais.
TAXA DE DESOCUPAÇÃO PARA OS HOMENS: Para os homens do Piauí a taxa de desocupação ficou praticamente no mesmo patamar, registrando-se um indicador de 8,7% para os homens pretos ou pardos e de 8,6% para os brancos. No Brasil, os indicadores apresentaram maior diferença, onde os homens pretos ou pardos registraram uma taxa de desocupação de 9% e os brancos, de 6,3%.